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Por onde anda o CNIg, o Conselho Nacional de Imigração?

Enviado em 13/06/2022 - 11:55

Reunião do CNIg (Conselho Nacional de Imigração), em março de 2019. (Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública)

 

Organismo que antecipou avanços presentes na atual Lei de Migração, o CNIg hoje tem uma atuação muito mais restrita, focada na migração laboral qualificada, e não é mais marcado pelo amplo debate sobre a política migratória brasileira

 


 

Como tive a chance de expor em várias oportunidades, tenho restrições quanto aos discursos excessivamente otimistas ou emocionados sobre a Lei de Migração (Lei nº 13.445), que entrou em vigor em novembro de 2017. É muito natural que se celebre esse fato, por ter simbolizado ao mesmo tempo uma ruptura com um modelo disfuncional e bem pouco transparente de gestão migratória, e por ser um símbolo do poder da sociedade civil e dos direitos humanos num Brasil já com preocupantes viradas à direita. Ou seja, eu defendo a Lei de Migração e acho que foi um passo fundamental para a afirmação dos direitos de pessoas migrantes no país. No entanto, a realidade não é tão simples.

Espero, neste e em futuros artigos, trazer à luz algumas situações posteriores a 2017 em que não se seguiu o espírito de promoção da regularização documental e do acesso a direitos. Em meio à comemorações justas pelos avanços, há também pontos negativos, que tem sido negligenciados. E um deles atende por uma sigla: o CNIg, ou Conselho Nacional de Imigração.

Criado pelo Estatuto do Estrangeiro em 1980 com o objetivo de “ordenar, coordenar e fiscalizar as atividades de imigração”, o Conselho já conta com mais de quarenta anos de trajetória. De modo geral, é considerado um órgão quadripartite, com participação do governo, de empregadores (confederações patronais), empregados (centrais sindicais) e do setor de ciência e tecnologia (SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), e visto como uma espécie de fórum maior do debate migratório brasileiro.

A impressão positiva sobre o CNIg perante a sociedade civil e as comunidades migrantes tem razão de existir. Especialmente nos dois governos Dilma Rousseff, o Conselho notabilizou-se por práticas inclusivas e positivas que anteciparam vários movimentos do que estaria consagrado na Lei de Migração.

Dou dois exemplos. O primeiro foi a criação da figura do visto por razões humanitárias em 2012, em favor de pessoas haitianas que chegavam aos milhares pelo Estado do Acre em busca de trabalho e sobrevivência. O segundo é pouco conhecido do grande público, mas pode ser pesquisado nas publicações anuais do Obmigra – Observatório das Migrações Internacionais: trata-se do uso da Resolução Normativa nº 27/1998, que possibilitava a concessão de “permanência por casos omissos” para garantir a regularização de milhares de pessoas de forma simplificada.

 

Daí a pergunta: com esse histórico, por que não se fala do CNIg após a Lei de Migração?

Na verdade, devemos considerar que, por razões organizacionais, existe hoje outro Conselho, com o mesmo nome e composição parecida. É por isso que até mesmo a numeração das Resoluções mudou, e as anteriores foram revogadas. Esse novo CNIg deixou de ter funções humanitárias ou de discussão ampla da migração internacional no país, e passou a ser um órgão de migração laboral num sentido bastante estrito – e elitista. Ou seja, com foco em trabalhadoras e trabalhadores de alta especialização, no interesse do mercado. Houve um pequeno avanço com as Resoluções nº 01 e 02 editadas em conjunto com o CONARE, que permitem a autorização de residência para fins de trabalho para solicitantes de refúgio com vínculo empregatício anterior a 21/11/2017, mas são exceções que confirmam a nova regra.

Além disso, é chocante que, após a Lei de Migração, admita-se um Conselho com alegação de pluralidade, mas que na prática é bipartite e envolve apenas governo e mercado (empregadores e empregados), com apenas um assento fora desses setores (a SBPC). A Defensoria Pública da União foi excluída das plenárias, após anos como instituição observadora. Não se cogitou a inclusão da sociedade civil e entidades de defesa de migrantes, sob o insustentável argumento de que o setor produtivo representa a sociedade. Por fim, não houve preocupação com a representação de pessoas migrantes, com o reconhecimento do papel das diásporas. O resultado final é um órgão técnico e fechado, que se concentra na migração laboral qualificada e virou as costas para o debate mais amplo sobre a política migratória brasileira e outras formas de migração.

Para quem trabalhava com o tema antes de novembro de 2017, é uma pena não poder mais contar com um espaço mais aberto para discussões sobre regularização. Por mais que hoje esteja previsto o papel do CNIg para a discussão de casos especiais não previstos em lei, pela Resolução Normativa nº 23, os espaços de avanço têm sido muito pequenos. E não há perspectiva de avanço.

Para que, nos próximos anos, o CNIg volte a ser um espaço de disputa em favor da regularização migratória, é preciso pelo aumento de visibilidade de suas discussões, com participação efetiva da Defensoria Pública, da sociedade civil e da comunidade imigrante. Se o novo CNIg não voltará a ter o protagonismo do antigo, ao menos poderá ouvir a voz dos que, nem sempre, estão abrangidos pelos interesses do mercado.

Sobre o autor

João Chaves é defensor público federal e doutorando em Ciências Sociais na UFABC. Email: joao.chaves@dpu.def.br

 

 

Matéria, originalmente publicada no site, migramundo.com (13/06/2022). Por MigraMundo Equipe - João Chaves. Para ter acesso ao texto original, clique neste link!

MEC vai formar professores para acolher alunos imigrantes e refugiados

Enviado em 10/06/2022 - 15:21

Divulgação Acnur

 

 

Capacitação está alinhada ao contexto da Operação Acolhida

 


O Ministério da Educação (MEC) vai preparar professores para facilitar o acolhimento de estudantes imigrantes e refugiados nas escolas. Para tanto, lançou hoje (9) um curso de capacitação que vai proporcionar ao docente a oportunidade de conhecer e aprofundar conhecimentos em relação à inserção destes grupos no ambiente escolar e multicultural brasileiro.

A capacitação terá carga de 80 horas, dividida em dois módulos, com conteúdo prático e teórico, que vai subsidiar a elaboração do material didático, pedagógico e literário de apoio à prática educativa para promover a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes.

O objetivo é viabilizar o contato dos professores com aspectos históricos, sociais, políticos e educacionais que permeiam a questão dos refugiados, fazendo uso de didática que auxilie no acolhimento dos alunos. O acesso às aulas será por meio da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (Avamec).

 

Multiculturalismo

Segundo o ministério, a capacitação está alinhada ao contexto da Operação Acolhida, força-tarefa criada em março de 2018 para receber imigrantes e refugiados venezuelanos que chegavam ao Brasil.

Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Rabelo, a iniciativa ajudará escolas, gestores e professores “na tarefa de trabalhar o multiculturalismo, o que não é fácil”, disse, ao descrever algumas situações que testemunhou durante a ida à região de frentes da Operação Acolhida.

“Nas visitas, vimos comunidades indígenas venezuelanas sendo acolhidas por comunidades indígenas brasileiras”, lembrou, ao comentar a “dimensão estratégica”, o alcance e a importância desta operação.

 

Transversalidade

De acordo com o coordenador-geral do Comitê Geral para Refugiados do Ministério da Justiça, Bernardo Laferté, "a política migratória é uma política completamente transversal, que aborda todos os aspectos da vida, inclusive linguísticos", disse.

“O aparato [para esta política] não é só estatal e governamental, mas de agências das Nações Unidas e da sociedade civil, presentes de maneira muito forte para acolher e integrar, porque todos aspectos da vida humana passam ali”, acrescentou. Ao entrar no país, o imigrante recebe CPF, carteira de trabalho e vacina, para então ficar “pronto para seguir vida”.

“Se ele tiver um filho, a criança será brasileira, e precisará ser integrada à sociedade, até por uma questão de política de longo prazo, uma vez que [as famílias] trazem conhecimentos que o brasileiro não tem. Isso é muito rico. Por isso, não podemos ver como custo. Até porque eles se somarão ao nosso mercado produtivo”, ressaltou.

De acordo com o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato Brito, há 82,4 milhões de refugiados no mundo, dos quais metade são crianças. “Até 68% das crianças refugiadas acessam o sistema primário de educação, mas este número cai para 34% quando falamos do sistema secundário”, disse o diretor.

 

Barreiras

“Atualmente, há mais de 57 mil pessoas no Brasil reconhecidas como refugiadas. Infelizmente, as crianças refugiadas apresentam probabilidade 53% menor de estar na escola em comparado às crianças brasileiras. A dificuldade de acesso ao sistema escolar ocorre por fatores como barreiras burocráticas, sociais, culturais e principalmente linguísticas.” Segundo o diretor, é neste contexto que a formação, visando o acolhimento de imigrantes, se insere.

A Formação para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados está, segundo o MEC, em consonância com a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC – Formação Continuada).

 

 

Matéria, originalmente publicada no site, agenciabrasil.ebc.com.br(09/06/2022). Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - BrasíliaEdição: Maria Claudia. Para ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

Arquivo Público de SP tem quase 53 mil listas de registro de imigrantes; veja como consultar

Enviado em 09/06/2022 - 13:33

 

Entre outros elementos, as listas que registraram a chegada de imigrantes a São Paulo são úteis para fins de pesquisa acadêmica e também para processos de obtenção de dupla cidadania

 


 


Sede do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que fica na zona norte da capital paulista
Sede do Arquivo Público do Estado de São Paulo (Apesp), que fica na zona norte da capital paulista. (Foto: Divulgação Flickr APESP)
 

Descendentes de imigrantes que chegaram ao Brasil entre 1888 e 1984 podem obter documentos que comprovem a entrada de seus ancestrais no Porto de Santos ou na antiga Hospedaria de Imigrantes (atual Museu da Imigração) no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP).

Ligado ao governo paulista, o órgão localizado na zona norte de São Paulo disponibiliza em seu site um total de 52,8 mil listas. Elas incluem desembarques no Porto de Santos entre 1888 e 1978, admissão na Hospedaria de Imigrantes entre 1882 e 1973, e os registros nas Delegacias Especializadas de Estrangeiros do Estado de São Paulo entre 1939 e 1984.

Além disto, eles disponibilizam espaço para obter certidões que comprovem as informações ali listadas para fins de pesquisa genealógica e entrada em obtenção de dupla cidadania nos países de origem de ancestrais.

Segundo dados do Arquivo Público, de junho a dezembro de 2020 foram emitidas 1.499 certidões digitais. Durante todo o ano de 2021 foram 2.112 certidões; e desde janeiro de 2022, pouco mais de 330 certidões digitais de imigração já foram emitidas e enviadas para os solicitantes.

 

Como pesquisar

É possível proceder apenas com a pesquisa das informações ou com a obtenção de certidões para os diversos fins legais.

O site do Arquivo Público disponibiliza informações de desembarque, baseados nos Livros de Matrícula da Hospedaria de Imigrantes e nas Listas Gerais de passageiros que desembarcaram no Porto de Santos, bem como dados sobre Registro de Estrangeiro, emitidos com base nas Fichas de Registro da Delegacia Especializada de Estrangeiros.

 

Caso queira apenas proceder com a pesquisa do desembarque de um parente no Porto de Santos, será necessário informar o navio ou o período de desembarque, por período ou por data certa.

 

A partir desta pesquisa, é possível ter acesso às listas de desembarque, que informam a data de desembarque, a idade e nacionalidade daqueles que desembarcaram, a última residência dos migrantes, o seu destino no Brasil, entre outros dados.

 

Caso a pesquisa seja feita a partir dos registros da Hospedaria de Imigrantes, é necessário informar o nome e sobrenome do migrante, com possíveis variações (por exemplo, Lopes/Lopez), sendo recomendável identificar também a nacionalidade, vapor e ano de chegada.

 

É possível informar apenas o sobrenome, pelo qual será realizada uma filtragem global daqueles que passaram na Hospedaria, como pode ser visto abaixo:

Uma vez identificado o familiar, é possível verificar as anotações no “Livro de Registro de Immigrantes Expontaneos”:

Por fim, caso haja interesse em pesquisar informações e registros das Delegacias Especializadas de Estrangeiros, é necessário proceder com a pesquisa presencial na APESP ou através do site Family Search.

Deve-se ressaltar que a pesquisa de imigrantes registrados nas Comarcas paulistas de Angatuba, Araraquara, Ariranha, Catanduva, Chavantes, Novo Horizonte, Novo Mundo, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santa Adélia, Sarapuí, Sorocaba e Tabapuã deverá ser feita, exclusivamente, na sede do Arquivo Público do Estado.

 

Como obter as certidões

Além da mera pesquisa de informações, há ainda a possibilidade de obter certidões digitais que comprovem as informações obtidas no site.

A Certidão de Desembarque comprova, a partir dos registros do Porto de Santos e da Hospedaria de Imigrantes, a entrada de imigrantes no Estado de São Paulo. Há ainda a comprovação do registro de migrantes internacionais em algumas cidades paulistas . Até o momento, somente há acesso às fichas dos registrados nas Delegacias Especializadas de Estrangeiros da Capital e Grande São Paulo e das Comarcas de Angatuba, Araraquara, Ariranha, Catanduva, Chavantes, Novo Horizonte, Novo Mundo, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santa Adélia, Sarapuí, Sorocaba e Tabapuã. Os registros dos demais municípios do Estado de São Paulo não estão disponíveis.

Uma vez realizado o pedido no site, você receberá por e-mail informações para pagamento da guia referente à certidão solicitada, cujo valor é de R$56,27. Por fim, é necessário encaminhar o comprovante para a APESP por e-mail. Após o acusamento do pagamento, há um prazo de até 15 dias para o envio da certidão, assinada digitalmente, para o seu e-mail.

 

Matéria, originalmente publicada no site, migramundo.com(08/06/2022). Por  Lya MaedaPara ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

Ativistas sociais dialogam sobre Quilombos Urbanos com estudantes UFBA

Enviado em 09/06/2022 - 13:16

 

 


 

Com a temática “Os quilombos urbanos e os processos de aquilombamentos”, aconteceu mais uma aula do Curso de Serviço Social, da Ação Curricular em Comunidade e em Sociedade (ACCS04) – populações tradicionais, migrantes, refugiados, religiosidade, direitos humanos e políticas públicas, do Programa Universidade Multiculturais, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Salvador sob a coordenação das professoras Elisabete Pinto e Marina Cruz.

Participaram representantes institucionais e militantes sociais de várias regiões do Brasil.

 

“Eu moro no Bairro da Paz, para quem não conhece a periferia aqui de Salvador, a gente está localizado em um dos metros quadrados mais caros da capital baiana. A gente considera o Bairro da Paz como um quilombo urbano, todo contexto histórico e cenário da ocupação deste lugar que vem passando essa linha na história pelo direito à moradia desde a década de 1980. No último mês de abril o Bairro da Paz completou 40 anos de existência, desses, eu tenho vivido a metade dessa transformação social que o quilombo Bairro da Paz tem me proporcionado, principalmente pela troca de experiência com os primeiros moradores a ocupar esta região, oriundos de um êxodo rural de muitas famílias que vieram do interior do Estado para ocupar esse terreno aqui”, informou o jornalista e editor da Agência de Noticiais das Favelas, com sede no Bairro da Paz, em Salvador, Paulo de Almeida Filho.

Paulo ainda comentou sobre a atuação da Agência de Notícias das Favelas na defesa, garantia e promoção dos direitos e dignidade de sujeitos sociais através da comunicação comunitária humanizada e ações sociais locais, a partir do enfrentamento da questão social da desigualdade social.

Programa Universidade Multicultural. Crédito: Paulo de Almeida Filho/ANF.
 

“Gratidão a todos, todas e todes, eu fico feliz toda vez que me passa a palavra, tava dizendo né, porque a gente passou por um período tão difícil e ficamos com medo de um retrocesso gigantesco em nossas vidas, bom e quando a roda da vida bateu em nosso peito grande, então agradeço muito essa Universidade toda vez que me chama e eu tento usar cada frase, cada palavra, saber de uma maneira muito diferente, hoje porque é muito importante o estudo universitário”, refletiu a dirigente da Organização de Mulheres Assentadas e Quilombolas do Estado de São Paulo (OMAQUESP), Adélia Farias, da Coordenação do Levante de Mulheres Brasileiras, pré-candidata a Deputada Estadual pelo Partido dos Trabalhadores.

Adélia também relatou sobre sua experiência com agroecologia, no combate a insegurança alimentar, aspectos relacionados à reparação racial, propriedade da terra, importância de aquilombar, reforma agrária, resistência dos povos indígenas, quilombolas e outros grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e sindical. Ela ainda denunciou sobre o “Projeto de Lei do Veneno” que prejudica a saúde da população.

“Boa tarde a todos e todas, eu tô aqui na luta eu peço desculpa pela turbulência, mas a agente é de agitação”. “Nossa articulação é composta pelo movimento que participo que é a Vila Coração de Maria (ameaçada de extinção desde 2007), nós temos aqui a Ladeira da Preguiça, no “Centro Cultural que Ladeira é Essa”, que é uma comunidade também ameaçada o tempo todo, nós temos o Tororó, nós temos a Gamboa de Baixo e Gamboa de Cima”, expôs a bacharelanda em Serviço Social na UFBA, e uma das mulheres negras do Centro Antigo Contra o Genocídio da Juventude Preta e atua na luta pelo Direito à Cidade, por moradia digna para a população preta, Lindinalva Santana, direto do Centro Comercial de São Paulo.

Lindinalva durante a reinvindicação do direito à cidade sustentável e inclusiva apresentou outras lideranças presentes ao ato como Maura Cristina, Nilma Santos, Fernanda Moscoso.

“Fui catador de papel junto com minha mãe e minhas irmãs na pior forma que existe de ganhar a vida, quando a gente vê suscita os restos que estão é o que foram descartados e que as pessoas chamam de lixo, não é a pior forma de recolha desses materiais, são naqueles espaços a céu aberto que a gente chama de lixão, pois bem é, mas como eu sou dessa sociologia e a gente precisa ver e trabalhar muito conceito de dialética é ali nessa pior forma de ganhar a vida que minha família, minha mãe, minhas irmãs e eu, nós conseguimos deixar de depender, e aí a gente é trator”, emocionado, expressou o bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e mestre em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, José Raimundo.

A culminância desta edição do curso de extensão universitária propõe instituir a “Cátedra Universidade Intercultural Pluriepistêmica e Multiética-Racial”.

 

Segundo o documento em construção coletiva, “a Cátedra é um espaço institucional com competências de ensino, pesquisa e extensão, dialogando com os movimentos sociais e políticos destacando (povo de santo, ribeirinhos, migrantes, refugiados), indígenas, quilombolas, trabalhadoras domésticas, capoeiristas, culturas periféricas e populares no âmbito da soberania dos povos, mantendo uma relação direta com a instituição por meio dos programas e projetos desenvolvidos pelos professores e técnicos administrativos da UFBA”.

Do ponto de vista da obrigatoriedade do ensino de História da África e Cultura Afrobrasileira e Indígena, a profa. Dra. Elisabete Pinto da UFBA, num evento intitulado de “Entre o Atlântico e a Casa Grande Existiu Palmares: por uma Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica” que aconteceu em dezembro de 2021, a partir dos “Encontros dos Saberes”, disse que “as universidades precisam fazer muito mais, já que muitas universidades ainda não implementaram as Leis 10.639/03, 11.645/08, bem como ainda não possuem um Programa de Combate ao Racismo Institucional”.

Também palestraram no decorrer do curso: Emaye Natália Marques e Raul Ijibaode Tavares de Paula (Representação de Religiões de Matriz Africana), Lucival Marcel (Representação Ribeirinha), Edgar Moura (Representação Quilombola), Jibran Patté e Samuel Yriwerana Karajá (Representação Indígena), Cleusa Aparecida da Silva (Representação das Trabalhadoras Domésticas), Mestre Nelson (Presidente da Federação Portuguesa de Capoeira), Mestres de capoeira nacionais como Valdonor, Odilon Jorge Daltro de Góes, Bruno Abrahão, Pedro Abib e muitos outros.

A atividade foi realizada na última sexta-feira (03), em formato virtual através da plataforma Google Meet, pela Universidade Federal da Bahia, com apoio da Rede de Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas (Rede PROINQUI), Núcleo de Estudos e Pesquisas Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (NEPAE), Núcleo de Apoio aos Migrantes e Refugiados (NAMIR).

Assista ao vídeo na íntegra no canal do youtube: Programa Universidade Multiculturais.

 

Matéria, originalmente publicada no site: www.anf.org.br/(06/06/2022).  Por Ubiraci SantosPara ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

OIM realiza sessões informativas com 500 venezuelanos sobre trabalho escravo e direitos trabalhistas no Brasil

Enviado em 09/06/2022 - 12:11

 


 

Onde buscar informações para emissão de carteira de trabalho no Brasil? Quais são os meus direitos dentro do mercado de trabalho? Em quais locais posso buscar apoio? Essas são algumas das perguntas mais frequentes de refugiados e migrantes venezuelanos recém-chegados ao Brasil. Para sanar essas e outras dúvidas sobre o mercado de trabalho no país, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, promoveu sessões informativas sobre trabalho análogo à escravidão, tráfico de pessoas e direitos trabalhistas. Cerca de 500 pessoas participaram das rodas de conversa e receberam materiais de prevenção.

A ação foi realizada em maio a convite da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) para incentivar a proteção da população abrigada na região fronteiriça. As atividades incluíam sensibilização para cuidados a serem tomados diante de propostas de trabalho recebidas e da garantia de direitos no mercado de trabalho. Com o sucesso da realização nos abrigos federais da Operação Acolhida, as sessões informativas foram levadas também para as ocupações espontâneas.  

Conforme o assistente de Proteção da OIM Luís Minchola, muitos dos participantes estavam tendo o primeiro contato sobre direitos e geração de renda no Brasil. “Fizemos essa atividade de proteção e integração socioeconômica para trabalhar essas duas frentes: que o trabalho escravo está ligado à falta de inserção das pessoas no mercado e que a integração está vinculada à mitigação do risco de exploração”, explicou ao pontuar que ações como essa proporcionam que refugiados e migrantes se tornem multiplicadores das informações adquiridas.

Além dos cuidados, foram respondidas as principais dúvidas dos beneficiários relacionadas a questões trabalhistas, principalmente sobre emprego, acidentes de trabalho e ocupações informais. “Sabemos que muitos venezuelanos que vêm ao Brasil buscam oportunidades e é esse caminho que eles vão seguir. Se tiverem conhecimento, vão buscar pelo caminho formal, mas se não tiverem, terão mais riscos de se converterem em vítimas de tráfico”, frisou Luís.

Para as atividades, a equipe da OIM entrou em contato com lideranças de espaços ocupados. "A OIM trabalha em permanente troca de informações com o território, sempre pensando nas pessoas que estão chegando, mas também nas que estão na cidade, refugiadas, migrantes ou da própria comunidade de acolhida. Neste sentido, a realização dessas ações é bastante fluida, principalmente nos espaços externos à Operação Acolhida", destacou a assistente de Proteção da OIM em Pacaraima, Andreina Guacare.

“Agradeço o apoio da OIM por proporcionar ações humanitárias dentro da nossa igreja. A sessão informativa sobre legislação e direitos trabalhistas foi de grande proveito para refugiados e migrantes que acolhemos na nossa comunidade”, disse a coordenadora da Igreja Batista, pastora Maria Osanir de Oliveira Galvão.  

CAPACITAÇÕES – A equipe da OIM também capacitou 30 membros da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI) e servidores da OIM sobre a temática para identificar possíveis casos de exploração.

“Ampliamos as ações com as capacitações com a rede local de acolhida para auxiliar nos atendimentos às crianças e famílias, permitindo, no decorrer da conversa, identificar casos que possam indicar a necessidade de encaminhamentos. Com esse objetivo de mitigar os danos que possam acontecer de exploração laboral e tráfico de pessoas, fortalecemos esse serviço junto a refugiados e migrantes recém-chegados, que ainda não têm todo conhecimento da rede local do mercado de trabalho”, afirmou o auxiliar de Integração Socioeconômica da OIM, Élysson Albuquerque.

Para entender os fluxos de atendimento junto à população venezuelana com objetivo de fortalecer a capacidade de resposta às demandas sobre mercado de trabalho brasileiro, houve o convite ao Centro de Capacitação, gerido pela Fraternidade Sem Fronteiras, para conhecer as instalações e as atividades desenvolvidas nos atendimentos.

As atividades da OIM contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

 

Matéria, originalmente publicada no site, OIM Brasil (08/06/2022). Para ter acesso ao texto original, clique neste link!

OIM lança informe sobre a diáspora brasileira na VIII Conferência Brasileiros no Mundo

Enviado em 08/06/2022 - 09:44

 

 


 

 

A OIM, Agência da ONU para as Migrações, lançou o Informe Brasil do estudo Empoderando a Diáspora Sul-Americana como Agente do Desenvolvimento Sustentável, na última quarta-feira (1º), em São Paulo. O documento foi apresentado durante a abertura da VIII Conferência Brasileiros no Mundo, evento organizado pelo Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior (CRBE), com apoio da OIM, entre os dias 1º e 4 de junho.

O informe analisa desafios e oportunidades para a participação social, econômica, cultural e política da diáspora brasileira a partir de processos de emigração contemporâneos nos últimos 40 anos. O objetivo é realizar um diagnóstico sobre o estado atual de participação das diásporas sul-americanas como atores de desenvolvimento sustentável, além de propor recomendações para sua potencialização.

A pesquisa foi elaborada no âmbito do projeto regional “Empoderando a Diáspora Sul-americana como Agente do Desenvolvimento Sustentável”, financiado pelo Fundo de Desenvolvimento da OIM e implementado desde 2021 em seis países sul-americanos: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru.

“A OIM trabalha com o tema das diásporas globalmente há muitas décadas, sempre buscando seu fortalecimento e promovendo o desenvolvimento nos países de origem e destino por meio da migração, contribuindo aos ODSs da Agenda 2030”, explica o coordenador de projetos da OIM Guilherme Otero. “A diáspora brasileira tem um potencial muito grande, com cerca de 4 milhões de trabalhadores, empresários, artistas, atletas e cientistas em todos os continentes. A partir desse estudo buscamos resgatar o histórico desta emigração e retratar sua situação atual, visando avançar em direção ao bem-estar e desenvolvimento socioeconômico sustentável dessas brasileiras e brasileiros”, complementa.

A Conferência Brasileiros no Mundo, realizada periodicamente desde 2008, tem como objetivo promover o diálogo entre os emigrantes, compartilhar boas práticas, discutir temas que afetam a comunidade, sua relação com o desenvolvimento no Brasil e nos países de acolhida.

O coordenador-geral do CRBE, Marcos Viana, agradeceu a participação da OIM Brasil na conferência e reforçou a importância da parceria com a organização para além das fronteiras do país. “Quero manifestar o meu agradecimento à OIM por nos enxergar, por reconhecer o que temos feito, e dizer que a nossa parceria existe em vários países do mundo. Nós temos no contexto da Europa, pelo menos, a atuação da OIM no retorno voluntário”, lembra.

Nesta edição, participaram pessoas brasileiras residentes em países como Alemanha, Argentina, Bruxelas, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Itália, Japão, Paraguai, Reino Unido e Suíça, que se juntaram ao CRBE para discutir assuntos relacionados às áreas temáticas:

  • Associativismo;
  • Bem-estar e saúde;
  • Educação, Cultura;
  • Empreendedorismo e Trabalho;
  • Esporte e Turismo, Política e Cidadania;
  • Questões jurídicas e Assuntos Consulares;
  • Questões Sociais e de Gênero.

 

O evento foi realizado de forma presencial e online. A gravação está disponível no canal Youtube CRBE.

O Informe Nacional Brasil está disponível neste link.

 

Matéria, originalmente publicada no site OIM Brasil (08/06/2022)Para ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

 

Entidades e pesquisadores defendem Lei de Migração e pedem mudanças em regulamentação

Enviado em 07/06/2022 - 11:14

 

Cinco anos depois de sancionada, Lei de Migração no Brasil continua vista como importante avanço social, mas sua implementação efetiva permanece um desafio


 

Passados cinco anos desde que foi sancionada, qual a situação da Lei de Migração, que revogou o antigo Estatuto do Estrangeiro? Quais seus avanços e entraves? Entender esse cenário e apontar caminhos possíveis foi o objetivo de um seminário promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

O seminário “Panorama dos cinco anos da Lei de Migração”, realizado na última quinta-feira (2), reuniu diversos atores que tiveram envolvimento direto na elaboração da normativa, além de representantes de organizações internacionais e do governo federal.

“A defesa dessa lei é um dever de cidadania. Ela não conseguiu ser implementada da forma que sonhamos. Precisamos defendê-la e torná-la realidade”, pontou a professora Deisy Ventura, professora titular da Faculdade de Saúde Pública da USP e também pesquisadora da área de migrações.

Entre quase todos os presentes, a visão é de que a Lei de Migração representa um importante avanço social, a despeito dos ataques que sofreu e dos quais continua a ser alvo. Mas que ainda há um longo caminho para que seja implementada de fato.

“A hora de erguermos momumentos é agora, monumentos da promoção humana integral dos direitos humanos dos imigrantes e refugiados”, disse a irmã Rosita Milesi, diretora do IMDH, ao citar a Lei de Migração como um desses monumentos.

 

Decreto e limitações

Sancionada em maio de 2017 como Lei 13.445, a Lei de Migração entrou em vigor seis meses depois, regulamentada por meio do decreto Decreto 9.199/17. E ao contrário da normativa, cuja elaboração foi acompanhada de diversos debates junto à sociedade civil, o decreto foi elaborado pelo governo federal com participação social mínima, restringindo alguns aspectos da lei.

Um exemplo citado pelos presentes é que a normativa não prevê prisão para fins de deportação e expulsão, mas o decreto sim.

O defensor público Gustavo Zortea, um dos presentes ao debate, também criticou normativas do Conselho Nacional de Imigração (CNIg) que, segundo ele, têm sido restritivas à maioria dos imigrantes e focam apenas na migração qualificada.

“Ele [imigrante] deverá comprovar uma qualificação e experiência profissional que são bastante restritas e que diversos migrantes não dispõem. Basta ver que é bastante raro que algum migrante assistido pela Defensoria Pública da União reúna esses requisitos de qualificação e experiência”, apontou.

Representando o governo federal, Flávio Henrique Oliveira, Coordenador-Geral de Políticas Migratórias do Departamento de Migrações da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, destacou as portarias de acolhida humanitária editadas nos últimos meses, como as destinadas a ucranianos e afegãos. Também disse que até maio deste ano, já teriam sido expedidas 185 mil carteiras de trabalho para imigrantes. Segundo ele, a expectativa é que o total chegue a 400 mil até o final do ano.

 

Sugestões para o próximo governo

Apesar dos clamores da maior parte dos presentes, a perspectiva para mudanças e aprimoramento da Lei de Migração pernamecem sem uma tendência de avanço em um curto prazo. Há ainda o fato de o país estar em ano eleitoral, o que deve mexer com a composição do Congresso Nacional e do próprio governo.

“Creio que a Comissão de Direitos Humanos pode oferecer ideias ao debate público e, quem sabe, seduzir alguns candidatos para que assumam alguns compromissos como seus”, disse o atual presidente do colegiado, o deputado Orlando Silva. Na legislatura anterior (2015-2018), ele foi o relator na Câmara do projeto que deu origem à Lei de Migração.

Nas eleições gerais de 2018, dezenas de entidades ligadas à temática migratória divulgaram uma carta na qual pediram compromisso dos candidatos com o direito de acolhimento “seguro e sustentável” para migrantes, refugiados e apátridas.

O documento elencou 12 pontos que incluíram o comprometimento dos então candidatos a governantes e legisladores com a defesa das leis de Migração e de Refúgio no Brasil, com os direitos assegurados pela Constituição de 1988, além de compromisso com a formulação de uma política nacional migratória, entre outros pontos.

Em 2020, uma articulação semelhante cobrou dos candidatos a prefeito e vereador em São Paulo um compromisso com a implementação e defesa da Política Municipal para a População Imigrante, em vigor desde o final de 2016.

 

Matéria, originalmente publicada no site migramundo.com(06/06/2022). Por  Rodrigo Borges DelfimPara ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

Evento: Terceiro Encontro Terapêutico de Mulheres Negras - Por que a gente é assim?

Enviado em 03/06/2022 - 12:42

 


 

Terceiro Encontro Terapêutico de Mulheres Negras - Por que a gente é assim? (A Subjetividade e a Vida Cotidiana)

LocalSociedade Protetora dos Desvalidos

Contato: 71 9 8682 8796

Dia: 04/06/2022

Horário: 9h

 

 

 

Comida de refugiado tem festival na UFBA

Enviado em 01/06/2022 - 11:39

 

Comida da Venezuela, Peru, Haiti e Síria estará em cardápio este mês no Festival Gastronômico Refúgio dos Sabor

 


 

A comida da Venezuela, Peru, Haiti e Síria estará em cardápio este mês no Festival Gastronômico Refúgio dos Sabores, já em preparação pela Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O trabalho de escolha dos ingredientes e preparo dos pratos será todo entregue a imigrantes e refugiados residentes em Salvador, tendo como ponto máximo o encontro para apreciar as delícias no dia 14 de junho, na Escola de Nutrição.

A atividade tem amparo acadêmico da disciplina Eventos Gastronômicos, a partir da avaliação do desempenho dos estudantes de Gastronomia dispostos a conhecer a cultura alimentar de pessoas de outros países, com objetivo de compartilhar as receitas das iguarias.

O projeto tem a participação do Núcleo de Apoio aos Migrantes e Refugiados (Namir) da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Pastoral do Migrante da Paróquia Ascensão do Senhor, sediada no Centro Administrativo da Bahia.

Embora a estatística de contágio e óbitos da pandemia esteja em queda, a questão da biossegurança será levada em alta conta, como deveriam ocorrer nas atividades presenciais da Universidade Federal da Bahia, por isso o número de convivas será limitado.

Redução do impacto - Para reduzir o impacto desta limitação necessária, os idealizadores do festival estão produzindo um vídeo mostrando a preparação de pratos por parte dos migrantes a ser exibido no dia do encontro.

Já a roda de conversa presencial terá a participação da professora Mariângela Nascimento, coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Namir e dos imigrantes venezuelanos José Francisco e Lizette Lozada e Anas All Smman (sírio).

 

 

 

Matéria, originalmente publicada no site Atarde.com.br/colunistas/tempopresente/(31/05/2022) - Da Redação, com colaboração de Miriam Hermes | tempopresente@grupoatarde.com.brPara ter acesso ao texto original, clique neste link!

 
 

Governo do Estado e UFBA debatem cursos de capacitação para profissionais da Assistência Social que atendem migrantes na Bahia

Enviado em 31/05/2022 - 11:41
 
 

 

 
Cursos de capacitação voltados para profissionais do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), que atuam diretamente com migrantes residentes na Bahia, foram pauta de uma reunião ocorrida na tarde desta sexta-feira (20), entre a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) e o Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da Universidade Federal da Bahia (Namir-UFBA)
 
Juntas, as entidades objetivam otimizar esforços para a promoção, consolidação e difusão de um programa de políticas públicas voltadas para a população migrante e refugiada no território baiano. 
A proposta é que, por meio do CapacitaSUAS e UFBA, sejam ministrados cursos de capacitação Básico em Migração e Refúgio; Políticas Públicas Orçamentárias Migração e Refúgio; Especialização em Direitos Humanos e Contemporaneidade; cursos de língua inglesa e espanhola. Além disso, também há a proposta de uma capacitação destinada aos migrantes, que teriam a disposição aulas de língua portuguesa como segundo idioma. 
 
No encontro, o secretário da SJDHDS, Carlos Martins, reforçou que a questão da migração não é de competência do Governo da Bahia, entretanto, diante da apatia do Governo Federal, o estado não pode ficar de braços cruzados diante de um problema tão grave. 
 
“As pessoas precisam de assistência e acolhimento. É grave a situação e, por isso, o Governo da Bahia está unindo forças com a UFBA para avançarmos nesse processo”, pontuou o secretário. 
 
“A UFBA e o estado assumem uma responsabilidade social muito importante e o primeiro passo será promover um diagnóstico para saber quem são os migrantes que estão chegando e, depois ,as capacitações. Isso é fundamental para que haja integração e a promoção de políticas públicas estaduais e municipais”, declarou a professora Mariangela Nascimento, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA. 
 
Presentes no encontro, o superintendente de Direitos Humanos da SJDHDS, Jones Carvalho, professor Júlio Rocha, diretor da Faculdade de Direito da UFBA e Lúcia Lopes, membro do Namir,  a Assessora Técnica da Superintendência de Assistência Social da SJDHSDS, Aline Araújo, e a técnica da superintendência, Naiane Gaspar.
 
 
Foto: Michele Brito - Ascom SJDHDS
 
      Foto: Michele Brito - Ascom SJDHDS
 
 

Matéria, originalmente publicada no site www.justicasocial.ba.gov.br(20/05/2022) - Assistência Social. Para ter acesso ao texto original, clique neste link!