Apresentação dos projetos das unidades da UFBA com recorte Étnico-Racial
O evento Entre o Atlântico e a Casa Grande Existiu Palmares: Por uma Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica tem o propósito de reafirmar que a Universidade é Para Todos/as/es, garantindo que as transformações ocorridas que levaram a população negra e demais oprimidos/as ao espaço da universidade têm origem nas lutas negras. Revela também que sujeitos reificados trazem consigo a resistência e as condições humanas para a emancipação, a exemplo dos diversos quilombos e aqui destacamos o Quilombo de Palmares. Assim, acreditamos que as agências de ensino devem instaurar uma nova relação com a população que a frequenta, estabelecendo seus planos de ações e projetos pedagógicos a partir da escuta dos movimentos sociais. São negros/as, ciganos/as, indígenas, quilombolas, o Povo de Santo (religiões de matriz africana), capoeiristas, ribeirinhos/as, empregadas domésticas, movimento hip-hop e periféricas, lutando pelo acesso e permanência sem perversidade, isto é, sem humilhações e sem epistemicídios.
Essa população que é tão rica e diversa na produção de cultura e conhecimentos, deixa igualmente claro que é preciso muito mais do que leituras e livros. Eles e elas precisam de parcerias e fomento para construir um conhecimento transformador e fortalecer a luta contra os poderes antidemocráticos. Neste sentido, a UFBA com seus atores e atrizes (professores, técnicos e discentes) das diversas unidades que voltaram seus olhares as para realidades diversas e realizam um trabalho com essa população se predispõem a refletir e desenhar estratégias de ações que possam garantir de forma efetiva e permanente um canal direto dos povos tradicionais com a universidade e o mundo.
Também nos inspiramos nos ENCONTROS DOS SABERES, o que nos faz ter certeza de que as universidades precisam fazer muito mais, já que muitas universidades ainda não implementaram as Leis 10.639-03, 11.645-08, bem como ainda não possuem um Programa de Combate ao Racismo Institucional. Logo, urge, parafraseando Che Guevara, pintar a universidade de POVO, no sentido de transformar e emancipar... Esse movimento certamente tem um longo percurso, e a universidade não pode cruzar os braços diante de tamanha manifestação social. Que Palmares viva, que a riqueza dos povos primeiros e dos povos tradicionais impulsionem a Pintura da UFBA rumo a Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica
Programação
Sexta-Feira dia 03/12/2021
Acolhimento - 8h30
- Culto Ecumênico ou Apresentação Artística - das 8:45 às 9:45
Mesa Oficial - 9h45 às 12h
Mesa De Debate
- A UFBA Para Além dos Encontros de Saberes: Pela Construção de uma Cátedra Pluriepistêmica - 13h30 às 15h30
Prof. Dr. José Jorge de Carvalho
Mesa Redonda
- As Lei 10.639-03, 11.645-08 e 12.278-10 - O Racismo Institucional - das 15:30h às 17:00h
- Apresentação Dos Projetos das Unidades Da Ufba Com Recorte Étnico-Racial
Sábado dia 04/12/2021 - das 9h às 10h 30
- Apresentação dos Projetos das Unidades da UFBA com Recorte Étnico-Racial - das 10h30 às 12h
- A Construção de uma Cátedra: A Universidade Pluriepistêmica - das 13h30 às 17h
A senzala já transformou a casa grande: integrantes do Programa Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica
Bloco I
- Os Pobres, Negros/as e Indígenas na Universidade: Pré-Permanência, Permanência e a Pós-Permanência
Bloco II
- O Que os Povos Tradicionais Querem da UFBA?
Data do Evento
Dia: 03-04/12/2021, das 13h 30 às 15h 30
Canais de Transmissão do evento:
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