Declaração de Eduardo Stein, Representante Conjunto do ACNUR e da OIM para Refugiados e Migrantes da Venezuela

Família venezuelana vive no Chile desde o começo de 2021, depois de atravessar a fronteira entre Colômbia, Equador, Peru e Bolívia a pé. Com o apoio do ACNUR, eles recebem assistência para enfrentar o inverno do hemisfério sul. © ACNUR/Yhan Cancino

 

Com tristeza e consternação, acompanhei os deploráveis acontecimentos em Iquique, Chile, que afetaram um grupo de refugiados e migrantes da Venezuela. Esses atos de intolerância vão contra o espírito de solidariedade, acolhimento e respeito aos direitos fundamentais que o povo e o governo do Chile têm demonstrado historicamente, recebendo os venezuelanos com generosidade, da mesma forma que, no passado, o povo venezuelano abriu suas portas a um grande número de refugiados e migrantes chilenos. Ainda que isolados e não representativos, esses atos de ódio, intolerância e xenofobia são extremamente preocupantes. Frente a eles, temos certeza de que o governo chileno e a sociedade em sua grande maioria responderão de forma clara e inequívoca: a discriminação e a xenofobia não têm lugar em nossos países e devem ser firmemente condenadas.   

Os líderes políticos, sociais e comunitários devem apelar para a construção de uma cultura de paz, calma e equilíbrio, que promova a convivência e o respeito à diversidade e aos direitos de todas as pessoas, condenando atitudes e ações discriminatórias e xenófobas. Também é fundamental o papel dos formadores de opinião nos meios de comunicação e nas redes sociais, por sua vez, informando os fatos de forma imparcial e responsável, evitando exacerbar as atitudes e ações discriminatórias e xenófobas, condenando de forma categórica, todo ataque físico ou verbal contra refugiados, migrantes e outros estrangeiros, quando estes ocorrerem. O ACNUR e a OIM continuarão a apoiar os esforços do Governo do Chile e de outros países da região para atender às necessidades mais urgentes dos refugiados e migrantes da Venezuela, bem como apoiar as comunidades de acolhida. 

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No Panamá

 

Matéria originalmente publicada no site ACNUR Brasil (27/09/2021). Clique aqui para ver o texto original