Bandeira de Angola. (Foto: Vanessa Lolllipop/Flickr)
Angolanos no Brasil estão se mobilizando para que a comunidade tome parte e também participe do processo eleitoral, mesmo estando no exterior
Os angolanos que vivem no exterior poderão participar da eleição presidencial que vai definir o próximo chefe de estado do país. E a parcela dessa comunidade que está no Brasil tem se mobilizado para tomar parte no processo.
Para se habilitar para a votação, é preciso ter 18 anos ou mais e ir a uma representação consular de Angola, tendo consigo o Bilhete de Identidade Nacional — no caso do Brasil, deve-se procurar o Consulado Geral em São Paulo (Rua Estados Unidos, 1030, Jardins, São Paulo), das 9h às 12h, de segunda a sábado.
O prazo para esse cadastramento termina em 31 de março. O governo angolano tem a expectativa de cadastrar cerca de 450 mil eleitores no exterior. Por outro lado, a data da eleição em si ainda não está definida, mas a expectativa mais forte é de que ocorra no segundo semestre.
“Esperamos muito por esse momento”
Será a primeira vez desde a independência de Angola, em 1975, que os cidadãos que residem em outras partes do mundo terão oportunidade de votar. Vale lembrar que entre 1975 e 1992 o país viveu uma sangrenta guerra civil e que a previsão de eleições no país só veio a partir da Constituição de 1992 — a Carta Magna angolana atual é de 2010.
Ou seja, votar em uma eleição é algo inédito para muitos angolanos que vivem fora do país. É o caso de Teresa Sebastião, angolana que vive em São Paulo e tem atuado como voluntária no sentido de mobilizar compatriotas a participar do processo eleitoral.
“É de extrema importância que a comunidade saiba o que está acontecendo em Angola e consequentemente na Diáspora. Pela primeira vez vamos votar. Ninguém pode ficar de fora. Esperamos muito por esse momento”, expressou ela.
De acordo com dados do Observatório de Migrações Internacionais (OBMigra), cerca de 22 mil angolanos residem no Brasil atualmente.
Matéria originalmente publicada no site migramundo.com (24/01/2022). Por Rodrigo Borges Delfim. Clique aqui para ver o texto original!