Os primeiros 50 cartões-alimentação a famílias de refugiados da Venezuela na Bahia serão entregues nestes primeiros dias do ano, conforme a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações em parceria com o Núcleo de Apoio aos Migrantes e Refugiados (Namir), programa de extensão da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
O cadastramento já vem sendo realizado no Centro Monsenhor José Hamilton, da Paróquia da Igreja Católica, sediada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), ampliando o acolhimento a quem precisa, para instalar-se em Salvador, com destaque para o bairro periférico de Areia Branca.
Os venezuelanos terão acesso ao cartão-alimentação por três meses, consumindo o correspondente a valores diferenciados, tomando como critério o número de membros de cada família, de acordo com análise realizada no momento da recepção dos documentos dos migrantes.
— O fluxo migratório na Bahia tem crescido nos últimos anos, e isso exige uma intervenção social intensiva para que sejam efetivadas as condições humanitárias de acolhimento — afirmou a professora Mariângela Nascimento, uma das coordenadoras do Namir-Ufba.
Segundo a docente e pesquisadora em ciência política, as instituições vêm atuando em rede de cooperação, com o objetivo de viabilizar iniciativas como a realização de pesquisas, cursos de capacitação para os migrantes e refugiados na Bahia.
O Namir, pertencente à Rede Universitária de Pesquisas e Estudos Migratórios (Rupem) trabalha para fortalecer a luta em defesa de programas de políticas públicas na área social, além de promover os direitos humanos e prestar apoio jurídico aos migrantes.
Matéria originalmente publicada no site A Tarde — Tempo Presente (05/01/2022). Da Redação | tempopresente@grupoatarde.com.br. Clique aqui para ver o texto original!