Card de divulgação do projeto #RefuTeen, desenvolvido pela IKMR em parceria com o ACNUR. © Divulgação
Projeto #RefuTeen abre inscrições para que jovens refugiados e migrantes tenham acesso a conhecimentos para fortalecer sua autonomia e capacidade de expressão nas redes sociais de forma responsável e inclusiva
No Dia Internacional da Juventude (12/08), a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a organização parceira I Know My Rights (IKMR) abrem as inscrições para que jovens refugiados e migrantes entre 12 e 18 anos possam participar do projeto #RefuTeen. Trata-se de uma formação de oito oficinas para propiciar que os jovens tenham acesso à conhecimentos e técnicas de conteúdos em redes sociais, tornando-os protagonistas de suas próprias narrativas neste universo digital.
No total, 20 jovens serão selecionados para iniciar em setembro a formação pautada em conteúdos e temas relacionados aos direitos humanos e comunicação comunitária, contribuindo para se tornarem mobilizadores nas redes sociais de forma responsável e informativa, fortalecendo as capacidades de mobilização entre a população jovem refugiada e migrante, com foco na promoção autêntica do protagonismo juvenil.
“As redes sociais são ferramentas fundamentais de informação em um contexto de múltiplas narrativas mediadas pelo acesso que se tem a elas. Por isso, é papel do ACNUR assegurar que as pessoas refugiadas, inclusive jovens e crianças, tenham conhecimentos sobre como produzir conteúdos que reflitam suas realidades e promovam a cultura do diálogo, evitando estigmas e xenofobia em relação a quem são”, afirma Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil.
Parceira do ACNUR no Brasil desde 2015, a organização IKMR desenvolve um projeto de educação complementar com orientação multidisciplinar para mais de 800 crianças refugiadas residentes em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Apenas em 2020, a organização promoveu quase 6 mil horas-aula para crianças de 16 nacionalidades, atividade esta fundamental para assegurar a continuidade de estudos de meninos e meninas que enfrentaram as dificuldades educacionais decorrentes do contexto de pandemia da COVID-19.
“A pandemia nos fez reformular o atendimento às crianças refugiadas. Trabalhamos muito para nos adaptar para que todas elas tivessem meios para acompanhar as aulas virtuais da escola e ter o apoio da IKMR nas aulas complementares. Agora, com a digitalização dos conteúdos educativos e amplo acesso dos jovens aos canais digitais, vamos promover que eles tenham autonomia para se tornarem atores de seus próprios conteúdos nas redes sociais, atuando de forma criativa e responsável sobre os temas que lhes afetam”, disse Vivianne Reis, diretora da IKMR.
O projeto #RefuTeen contemplará aos 20 jovens refugiados e migrantes um kit contendo celular, chip com crédito para navegação, ring light e outros acessórios para o desenvolvimento da proposta. Por ser um projeto piloto, podem se inscrever jovens refugiados ou migrantes, entre 12 e 18 anos, que residam nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, com a devida autorização dos responsáveis.
O conteúdo programático do projeto #RefuTeen está dividido em dois eixos complementares. O primeiro aborda a temática dos direitos humanos e protagonismo juvenil, contemplando oficinas sobre os direitos da população refugiada e migrante, políticas públicas no Brasil, proteção de crianças e adolescentes e promoção da igualdade de gênero. O módulo seguinte, de comunicação comunitária em mídias sociais, traz para o debate conceitos de marketing para as redes sociais, produção criativa de conteúdos digitais, técnicas de produção audiovisual e construção de comunidades de aprendizagem.
As inscrições estão abertas a partir de hoje, Dia Internacional da Juventude, até o dia 3 de setembro pelo formulário disponível em https://bit.ly/refuteen
Informações para a imprensa:
ACNUR: Miguel Pachioni – pachioni@unhcr.org l (11) 98875-3256
IKMR: Mahryan Sampaio – mahryansr@gmail.com l (11) 98144-9518
Reprodução - Fonte: ACNUR Brasil