Confira o vídeo do Canal Preto sobre o assunto
Desde o início da pandemia, muitas famílias perderam sua renda, o que gerou um aumento na incidência de trabalho infantil no Brasil, um crime que viola os direitos de crianças e adolescentes.
Iolete Ribeiro, psicóloga, professora da UFAM e convidada dessa semana do Canal Preto, falou sobre o impacto do aumento desse índice para a população e sobre a responsabilidade social e governamental:
“O combate ao trabalho infantil no Brasil sofreu muito de 2017 para cá, muitas perdas, com a redução drástica do orçamento federal, e isso impactou diretamente na realização das atividades desencadeadas desde o governo federal, que acaba impactando as ações dos estados e municípios.”
E complementa, “Tudo isso tem produzido o aumento da pobreza, da insegurança alimentar, o aumento do desemprego, isso empurra muitas crianças e adolescentes para o trabalho infantil, porque elas acabam sendo colocadas nesse lugar de contribuir com a renda da família para conseguir o que comer, porque a vulnerabilidade ampliou muito.”
Joana Lima, articuladora regional da Cáritas Brasileira e também convidada, reforça: “Muitas das crianças, meninos e meninas negras, que vem para o trabalho doméstico, ou outros trabalhos, eles são extremamente expostos a uma série de outras violações, que são violações dos seus corpos, violações dos seus direitos de crianças, de brincar e estudar.” A maioria dos trabalhadores infantis são meninos, e mais de 60% deles, são negros e estão na faixa etária de 5 a 13 anos.
“O que a gente observa é essa desestruturação das políticas de prevenção e erradicação do trabalho infantil, é a ausência de apoio as famílias em situação de vulnerabilidade, é a redução dos recursos para as ações de fiscalização por parte do governo federal, e isso tudo agravado pela pandemia, que tem empurrado crianças e adolescentes pra esses espaços, em especial, o espaço da rua.” resume Iolete.
TODAS as formas de trabalho infantil são proibidas para crianças e adolescentes com menos de 16 anos, com exceção da aprendizagem profissional, a partir dos 14 anos.
Racismo. Ou você combate, ou faz parte.
Qual dos dois é você?
Texto reproduzido do site Cáritas