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Chega a 4.400 o número de mortes de migrantes em 2021

Enviado em 15/12/2021 - 10:59

Reprodução


 

Apesar dos repetidos apelos por ações concretas para reduzir a perda trágica de vidas durante os translados migratórios em todo o mundo a cada ano, o número de mortes em 2021 ultrapassou 4.470 após a notícia de que dezenas morreram na última quinta-feira quando um caminhão lotado com migrantes tombou em Chiapas, no México. Mais de 45.400 mortes foram registradas desde 2014, de acordo com o Projeto de Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Globalmente, o número de mortes neste ano de 2021 já superou o total de 4.236 mortes registradas em 2020. Considerando que os incidentes fatais são frequentemente registrados semanas ou meses depois, o número final de mortes em 2021 provavelmente será muito maior.

"A COVID-19 significou uma diminuição sem precedentes na mobilidade humana, mas o Projeto deMigrantes Desaparecidos ainda documenta mortes quase todos os dias", disse Frank Laczko, Diretor do Centro de Análise de Dados de Migração Global (GMDAC) da OIM, onde o projeto está alocado.

“Dezenas de Estados se comprometeram com o Pacto Global para a Migração, mas muito poucos se comprometeram com o Objetivo 8 de ‘salvar vidas e estabelecer esforços internacionais coordenados sobre migrantes desaparecidos’. A OIM pede aos Estados que desenvolvam políticas e práticas para reduzir os riscos que as pessoas enfrentam na busca de uma vida melhor.” O número de mortes e desaparecimentos aumentou em muitas rotas migratórias em todo o mundo em 2021, incluindo na Europa e nas Américas.

Pelo menos 54 migrantes morreram no acidente de caminhão de quinta-feira em Chiapas - o incidente mais mortal para migrantes no México desde, pelo menos, 2014, quando a OIM começou a documentar mortes. Cerca de 651 pessoas morreram neste ano de 2021 tentando cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos, mais do que em qualquer ano desde 2014. Esse aumento é especialmente preocupante porque a maioria dos dados para esta região de fronteira são relatados apenas após o fim do ano.

Nas Américas, 1.121 mortes foram registradas este ano - incluindo esta última tragédia - um número também maior do que em outros anos. Mais mortes foram registradas na América do Sul do que nunca, com 64 de 137 mortes envolvendo cidadãos venezuelanos.

Nas rotas de migração em direção à Europa, e dentro do continente, as 2.720 mortes registradas tornam o ano de 2021 o mais mortal na região desde 2018. A travessia do Mediterrâneo Central já custou pelo menos 1.315 vidas até o momento neste ano. Pelo menos 937 pessoas morreram na rota do Atlântico para as Ilhas Canárias espanholas - mais do que em qualquer ano anterior em pelo menos uma década. Os barcos muitas vezes desaparecem sem deixar rastros: naufrágios invisíveis podem ser responsáveis por centenas de vidas perdidas, além das mortes registradas nesta rota.

A fronteira terrestre entre a Turquia e a Grécia também registrou um aumento no número de mortes em 2021, com pelo menos 41 vidas perdidas, mais do que em qualquer ano, exceto 2018, quando 59 foram registrados.

Embora as rotas de migração de alto perfil, como a do Mediterrâneo e a fronteira entre os Estados Unidos e o México, tenham sido responsáveis por milhares de mortes desde 2014, este ano foi marcado por mortes em rotas terrestres mais difíceis de documentar:

  • Na fronteira entre Belarus com a União Europeia, 21 mortes em 2021, embora não haja dados oficiais.
  • No Tampão de Darien, uma remota região de selva entre a Colômbia e o Panamá, 42 vidas perdidas, embora as mais de 125 mil travessias irregulares neste ano indiquem que o número de mortes provavelmente é bem maior.
  • Na travessia entre o Chifre da África e o Iémen, pelo menos 98 mortes em comparação com as 40 registradas em 2020, embora as mortes nessa rota sejam extremamente difíceis de documentar.

Tragédias em massa envolvendo migração se tornaram cada vez mais normalizadas. A OIM pede que os Estados desenvolvam políticas e práticas para reduzir os riscos que muitas pessoas em movimento são forçadas a enfrentar durante translados migratórios.

Saiba mais sobre dados de migrantes desaparecidos e os impactos nas famílias deixadas para trás no site do Projeto de Migrantes Desaparecidos, incluindo o recente relatório com dados sobre mortes de migrantes nas Américas.

 

Matéria originalmente publicada no site OIM Brasil  (14/12/2021). Clique aqui para ver o texto original!

 

 
 
 
 
 

 

 

ACNUR, Estados e parceiros se reúnem hoje para avaliar o progresso do Fórum Global sobre Refugiados

Enviado em 15/12/2021 - 10:51

Funcionários de Alto Escalão se reúnem a partir desta terça-feira (14) para acompanha o Fórum Global sobre Refugiados. © ACNUR/Allana Ferreira


Encontro de Funcionários de Alto Escalão acontece de 14 a 15 de dezembro

 

O primeiro acompanhamento do Fórum Global sobre Refugiados começa hoje. O Encontro de Funcionários de Alto Escalão, um evento virtual de dois dias, reunirá oficiais sêniores do governo, refugiados e várias partes interessadas, para fazer um balanço do progresso sobre como o mundo responde às situações de refugiados.

O ACNUR, Agência das Nações Unidas para os Refugiados, está co-sediando o encontro em conjunto com a Suíça. O evento será aberto pelo presidente eleito da Confederação Suíça, Ignazio Cassis e pelo Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi.

“Há dois anos, no Fórum Global sobre Refugiados, o mundo se reuniu de forma sem precedentes e prometeu transformar a maneira pela qual responde ao deslocamento forçado global. Comprometeu-se a dar vida ao Pacto Global sobre Refugiados, que visa ampliar o apoio aos países de acolhida e melhorar tangivelmente as vidas e as perspectivas das pessoas refugiados”, disse o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados.

“Desde então, o mundo tem sido afetado de forma debilitante pela pandemia de Covid-19, novos conflitos eclodiram, e o deslocamento forçado continuou a subir -reafirmando a importância de uma resposta mais equitativa, inclusiva e sustentável.”

Cerca de 1.400 compromissos foram assumidos no Fórum Global sobre Refugiados para melhor apoiar pessoas refugiadas e comunidades de acolhida –incluindo questões como emprego, educação e temas legais e políticos para expandir a proteção e inclusão, apoio fiscal, soluções para o deslocamento, energia limpa e infraestrutura, entre muitos outros.

“Hoje, o quadro global é desbalanceado – os países com menos recursos continuam a ter a maior responsabilidade. Mas é importante que temos visto uma expansão da base de apoio, com a participação de países, agentes de desenvolvimento, setor privado e sociedade civil se intensificando. Precisamos reconhecer essas contribuições e acelerar o progresso se quisermos dar mais vida ao Pacto e melhorar a vida e as perspectivas das pessoas refugiadas e seus anfitriões.”

Reconhecendo que muitos esforço sem apoio aos objetivos do Pacto e compromissos do Fórum foram impactados pela pandemia de Covid-19,oevento será uma oportunidade para identificar lacunas, rever onde os esforços continuaram ou foram adaptados, buscar soluções e assumir novos compromissos para pessoas refugiadas e comunidades de acolhida antes do próximo Fórum Global para Refugiados em 2023.

O evento também destacará uma série de áreas-chave, incluindo a resposta à pandemia da COVID-19, ação climática e deslocamento, plataformas de apoio regional e reassentamento e caminhos complementares.

O encontro começa no 71º aniversário do ACNUR. Essa data é um lembrete pungente de mais de sete décadas de deslocamento forçado que afeta dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo.

A programação completa está disponível aqui e para mais informações sobre o evento acesse aqui.

O Encontro de Funcionários de Alto Escalão é um dos principais meios para acompanhamento e revisão sob o Pacto Global sobre Refugiados. De acordo com o Pacto, os Fóruns Globais para Refugiados serão realizados a cada quatro anos, enquanto o encontro de Funcionários de Alto Escalão será realizado dois anos após cada Fórum.

De acordo com as diretrizes de saúde pública pertinentes, e para torná-lo mais acessível, todo o encontro de Altos Funcionários será transmitido neste link, que entrará no ar em 14 de dezembro.

Fotos e conteúdos do Fórum serão disponibilizados no site Refugees Media.

 

Matéria originalmente publicada no site ACNUR Brasil  (14/12/2021). Clique aqui para ver o texto original!

 

Prefeitura de Salvador lança programa de crédito público para micro empresários, autônomos e trabalhadores informais

Enviado em 14/12/2021 - 09:56

Prefeitura de Salvador lança programa de crédito público para micro empresários — Reprodução - Foto: Betto Jr./Secom


CredSalvador disponibiliza um total de R$10 milhões. Beneficiários poderão solicitar empréstimos entre R$500 e R$15 mil, com carência de três e seis meses, e parcelamento em até 24 meses.

 

 

A prefeitura de Salvador lançou nesta segunda-feira (13), o CredSalvador, programa de crédito voltado para micros e pequenos empreendedores, além de trabalhadores autônomos e informais. A iniciativa visa minimizar os problemas econômicos causados pela pandemia de Covid-19 na capital baiana. Com o programa, que tem inscrições abertas já a partir desta segunda, os trabalhadores passam a ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e menor burocracia.

O programa disponibiliza um total de R$10 milhões, a partir da criação do Fundo de Crédito Emergencial do Município de Salvador (FCE), vinculado à secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec). Com juros de 0,5% ao mês, os beneficiários poderão solicitar empréstimos com valores entre R$500 e R$15 mil, com carência de três e seis meses, e parcelamento em até 24 meses. Os detalhes foram apresentados pelo prefeito Bruno Reis, em cerimônia realizada no Teatro Gregório de Mattos.

Prefeitura de Salvador lança programa de crédito público para micro empresários, autônomos e trabalhadores informais — Foto: Betto Jr./Secom

Prefeitura de Salvador lança programa de crédito público para micro empresários, autônomos e trabalhadores informais — Foto: Betto Jr./Secom

Segundo a prefeitura, o CredSalvador é o primeiro programa público desta linha na história da capital baiana, e tem formato pioneiro entre todas as capitais brasileiras. “Essa é uma iniciativa inédita na história da cidade, é a primeira vez que a Prefeitura dá esse tipo de incentivo, que vai auxiliar na ampliação das vendas, ampliação do espaço físico, melhoria de produtos. Dessa forma será possível melhorar bastante esses negócios, garantindo novas contratações e alavancando a economia de micro e pequenos empresários de Salvador", disse Bruno Reis.

O programa vai contar com uma plataforma digital para solicitação do microcrédito de forma rápida, segura e desburocratizada. O acesso já pode ser feito pelo site do programa. A ferramenta será operacionalizada pela empresa Nexoos, após contrato firmado com a prefeitura em novembro. De acordo com a secretária da Semdec, Mila Paes, a ideia é priorizar os trabalhadores que não têm acesso fácil aos programas convencionais de crédito.

“E isso retorna ao município, pois potencializa nosso PIB, a partir do momento em que a cada R$1 emprestado, R$4,50 retorna como parte do PIB. Além disso, é uma forma de garantir o crescimento e a criação de empregos, além de garantir uma capacitação em gestão financeira e empreendedorismo a todos que quiserem acessar o crédito", disse. Além do microcrédito, que será processado por meio de plataforma digital, o beneficiário terá acesso à capacitação em empreendedorismo e gestão financeira, para aplicação nos próprios negócios.

 
 
 

Matéria originalmente publicada no site g1 BA (13/12/2021). Clique aqui para ver o texto original!

 

Revista JaÉ - 4ª edição - Passos Afora

Enviado em 13/12/2021 - 12:52

 


A Revista JaÉ desse semestre aborda as questões migratórias no estado Bahia. Ela traz uma coletânea de reportagens e outros textos jornalísticos com recortes desse fenômeno no estado e de como migrantes e refugiados tem chegado a terras baianas. Agradecemos imensamente o NAMIR - Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados - da UFBA (Universidade Federal da Bahia) por todo o apoio na realização dessa edição.

 

 

Desejamos a todos uma boa leitura

 

 

 

Congresso UFBA 75 anos - Mobilidade Humana e Políticas de Exceção

Enviado em 13/12/2021 - 09:56
 

 

 
No dia 11/12/2021, foi o encerramento das mesas no Congresso UFBA 75 Anos e a equipe de bolsistas do NAMIR marcou presença para falar sobre "Mobilidade Humana e Políticas de Exceção". Sob mediação da Profª. Drª. Mariângela Nascimento, as estudantes Paula Eduarda Araujo, Súlivan Soares, Larissa Ferreira, Jessica Soares e Bárbara Primo discorreram sobre a temática migratória e o olhar voltado à população migrante, na Bahia principalmente, além dos trabalhos realizados pelo NAMIR, como a cartilha: "Os Caminhos dos(as) Migrantes e Refugiados(as)" que pode ser encontrada aqui mesmo no site, e a parceria com a Agência Experimental de Comunicação e Cultura da Faculdade de Comunicação para o lançamento da 5ª edição da Revista JaÉ que será publicada dia 13/12, segunda-feira.
 
Somos gratos à UFBA por dispor que possamos realizar esse trabalho e muitos outros programados para o futuro!
 
Não viu a nossa apresentação? Clique neste link e veja na íntegra
 
 
 
 
 
 

Processo seletivo de ingresso a UFBA 2022

Enviado em 13/12/2021 - 09:44
 
 
 

 

Processo Seletivo para vagas reservadas aos candidatos índios aldeados, moradores das comunidades remanescentes dos quilombos e pessoas Trans (transexuais, transgêneros e travestis) e Refugiados.
 
 
  • Os candidatos a essas vagas deverão obrigatoriamente (exceto os refugiados) ter concluido o ensino médio em escola pública e ter submetido às provas do ENEM de acordo com o Edital.
  •  
  • Os candidatos imigrantes ou refugiados no Brasil em situação de vulnerabilidade deverão ter concluído o ensino médio ou equivalente em outro país. 
  •  
  • Para os cursos de Artes, Música e Teatro os candidatos deverão realizar a inscrição para o processo seletivo específico de Artes e comparecer às provas de Habilidade.
  •  
  • A condição de quilombola e a de aldeado será comprovada, respectivamente, mediante certificado da Fundação Cultural Palmares e da FUNAI.
  • As comunidades remanescentes de quilombos são apenas aquelas certificadas pela Fundação Cultural Palmares nos termos do Decreto 4887/03. O candidato deverá ainda comprovar seu endereço mediante documento fornecido pela Associação dos quilombos remanescentes.
 
  • A condição de índio aldeado deverá ser comprovada mediante apresentação de Declaração da FUNAI e de documento fornecido pelo Cacique da Aldeia.
  •  
  • A condição de pessoas TRANS (transexuais, transgêneros e travestis) deverá ser comprovada por intermédio de documento de auto declaração disponível nesta página.
  •  
  • Os candidatos imigrantes ou refugiados em situação de vulnerabilidade terão sua situação comprovada mediante visto humanitário permanente ou temporário, emitido pelo Conselho Nacional de Imigração
 
 
Inscrição: 01-04 de fevereiro de 2022
 
Para mais informações, clique neste link  
 
Veja o edital aqui ou clicando no card abaixo!
 
 
 

UFBA e UFJF passam a integrar a Cátedra Sérgio Vieira de Mello do ACNUR

Enviado em 10/12/2021 - 18:09

Representantes do ACNUR e da UFBA posam para foto após a assinatura do termo que confirmou a inclusão da universidade à Cátedra Sérgio Vieira de Mello. ©UNFA/Divulgação

 

 


 

Antes mesmo de fechar o ano de 2021 com as já consolidadas conquistas da articulação da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) com as universidades que integram a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), duas universidades passaram a fazer parte desta iniciativa: a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Ambas instituições se somam a outras 30 instituições de ensino superior localizadas em todas as regiões do Brasil, cuja proposta é de promover o ensino e capacitações sobre o tema das pessoas refugiadas, fomentar pesquisas e possibilitar extensão universitária no atendimento às pessoas refugiadas nestas diversas localidades, além de atuarem conjuntamente para o fortalecimento de políticas públicas inclusivas e efetivas para essa população.

A parceria entre o ACNUR e a UFBA se deu por meio do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (NAMIR), visando ampliar e diversificar as ações desenvolvidas pelo NAMIR para a garantia dos direitos das pessoas em situação de deslocamento forçado nas esferas do município e do estado, estreitando a articulação com o poder público.

“A Bahia se tornou, nos últimos anos, uma importante região de destino de pessoas de diferentes nacionalidade, especialmente latino-americanas, que buscam uma chance de recomeçar suas vidas e isso exige uma intervenção social intensiva para que sejam efetivadas as condições humanitárias de acolhimento. Em face desta situação, o NAMIR/UFBA tem procurado ampliar e implementar suas parcerias institucionais”, afirma profa. Mariangela Nascimento, coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do NAMIR.

Já a parceria entre o ACNUR e a UFJF, vinculado à Diretoria de Relações Internacionais em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão, viabilizará diversas atividades previstas no plano de trabalho, como atendimento jurídico, continuidade de cursos de português, atendimento odontológico e atividades regulares de música e gastronomia com foco na população refugiada.

“A importância de nos associarmos à CSVM se dá pela tradição de nossa universidade na atenção às questões e demandas de grupos sociais em situação de vulnerabilidade e, sobretudo, por compreendermos que o papel social de uma universidade pública é ampliar suas redes de ação, valorização e assistência para além do que é comumente conhecido. O convênio com o ACNUR representa a possibilidade de ação qualificada e a UFJF está convicta sobre a grandeza dessa parceria e de seus frutos”, afirma o professor Rodrigo Christofoletti, coordenador da CSVM da UFJF.

 

Representantes do ACNUR e da UFJF firmam parceria junto à CSVM. © Carolina de Paula
 

 

O trabalho do ACNUR junto às instituições acadêmicas no Brasil agrega em seu plano de trabalho, além dos conceitos e referências trazidas pelos saberes universitários, ações efetivas de inclusão de pessoas refugiadas no ambiente acadêmico, a geração de pesquisas sobre a realidade de quem busca proteção internacional no Brasil e um serviço descentralizado e de excelência no atendimento aos anseios dessa população.

“A Cátedra Sérgio Vieira de Mello, por meio das instituições que a agregam, presta um serviço fundamental de acolhimento e facilitação da integração de pessoas refugiadas no Brasil. Com a inclusão da UFBA e da UFJF, as atuais 32 instituições da Cátedra fortalecem o sistema de respostas humanitárias no país, promovendo reflexões, prestando serviços fundamentais e realizando a efetiva inclusão de estudantes refugiados no ambiente acadêmico, agregando saberes e conhecimentos para o desenvolvimento da sociedade brasileira”, afirma Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil.

A atuação das instituições que fazem parte da CSVM dialoga com os respectivos contextos das regiões onde estão inseridas. Desta maneira, o ACNUR diversifica sua atuação por meio dos serviços prestados pelas universidades às pessoas refugiadas ao mesmo tempo em que responde, de forma conjunta e coordenada, as demandas existentes. Como resultado deste processo, consolida-se uma rede de apoio e assistência que promove na ponta a integração de refugiados e a coexistência pacífica desta população com a comunidade de acolhida.

Sobre a Cátedra Sérgio Vieira de Mello

A relação institucional entre o ACNUR com as instituições de ensino superior no Brasil iniciou-se em 2003, por meio da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM). Trata-se de um acordo de cooperação em que o ACNUR estabelece um Termo de Referência com as universidades, estabelecendo responsabilidades e critérios para adesão à iniciativa dentro de quatro linhas de ação: ensino, pesquisa, extensão e formulação de políticas públicas.

Além de difundir o ensino universitário sobre temas relacionados ao refúgio, a CSVM também visa promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes dentro desta temática. O trabalho direto com os refugiados em projetos de extensão também é definido como uma grande prioridade, assim como processo de ingresso e reingresso nas universidades por meio de editais específicos.

Mais informações estão detalhadas na página da CSMV do ACNUR

Matéria originalmente publicada no site ACNUR Brasil  (09/12/2021). Por Miguel Pachioni. Clique aqui para ver o texto original!

Foi realizada nesta quinta (09/12), mais uma reunião de articulação entre o Namir e setores da sociedade

Enviado em 10/12/2021 - 09:04

 

 


 

Aconteceu na tarde hoje (09/12), mais uma reunião de articulação entre o Centro Comunitário Mons. José Hamilton/Pastoral do Migrante, o NAMIR-UFBA e o Centro Ludovica/Monte Tabor.
O vereador Joceval Rodrigues, Presidente da Comissão de Orçamento da Câmara Municipal de Salvador foi convidado para que fossem abordadas  iniciativas que possibilitem a geração de políticas públicas municipais para Migrantes e Refugiados. O mesmo se comprometeu a criar pontes com as secretárias municipais, especialmente a de Combate a Pobreza, para traçar planos futuros, a curto e médio prazo.
A Secretaria do Trabalho e Emprego também esteve presente, através do Sr. Diego, e propôs um caminho de formação para o cooperativismo entre grupos de Migrantes para a geração de renda.

Tempo Presente - Dia dos Direitos Humanos

Enviado em 09/12/2021 - 15:43
 
 
Pixabay-GDJ 
 

 

 
O Dia Internacional dos Direitos Humanos será comemorado amanhã às 15 horas na Câmara Municipal, com a realização de uma audiência pública sobre "a resistência contra os ataques a democracia", por meio da plataforma do zoom, TV CAM (Canal 12.3) e redes sociais.  Estão convidados representantes de entidades como o Movimento de População em Situação de Rua, a Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, o Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia, e a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen). A audiência é promovida pela Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, do Legislativo municipal, em parceria com o Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da Universidade Federal da Bahia (Namir/Ufba).
 
 
 
Matéria originalmente publicada no site ATARDE  (09/12/2021). Por Rafael Martins | Ag. A TARDE Clique aqui para ver o texto original!
 

Câmara realiza audiência “A resistência contra os ataques à democracia” no Dia Internacional dos Direitos Humanos

Enviado em 08/12/2021 - 12:40

 


 

 
 
 
Na próxima sexta-feira, 10 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Câmara Municipal de Salvador vai realizar uma audiência pública com o tema: “A resistência contra os ataques à democracia”.  O evento acontece pela plataforma do Zoom e terá transmissão ao vivo a partir das 15 horas pela TV CAM (Canal 12.3) e pelas redes sociais (www.facebook.com/tveradiocam). 
 
Promovida pela Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, do legislativo municipal, em parceria com o NAMIR/UFBA (Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da Universidade Federal da Bahia), a audiência pública vai reunir movimentos sociais para discutir os principais desafios a serem superados e o que tem sido feito, até então, para impedir os constantes retrocessos democráticos e descumprimentos dos princípios constitucionais relacionados à educação e aos direitos humanos no governo atual. 
 
Ainda, será realizada uma homenagem a profissionais da educação que viram seus direitos humanos e suas liberdades de cátedra ameaçadas nesse ano, em um esforço de valorização de uma educação com base em princípios democráticos.
 
Segundo a presidente do colegiado, a vereadora Marta Rodrigues (PT), o objetivo é promover uma escuta ativa e colocar na pauta os diversos  ataques contra a educação pública e cortes de políticas públicas voltadas para as populações vulneráveis, especialmente aquelas que combatem  as desigualdades sociais como: a pobreza, o racismo, a misoginia, a LGBTQIA+fobia, o racismo religioso, além da ausência de direitos dos povos indígenas, quilombolas, ciganos, imigrantes e refugiados. 
 
“São diversos os ataques, principalmente aos direitos de culturas e identidades, com redução ou corte de orçamentos de políticas que afetam diretamente a educação pública e por consequência a população pobre,  negra, de pessoas trans, de mulheres, de quilombolas e indígenas”, explica. 
 
A audiência pretende, ainda, propor meios de fortalecer uma aliança entre organizações da sociedade civil, movimentos sociais, ativistas e políticos, para dar ênfase ao combate também aos retrocessos na educação, às fake News, o discurso de ódio e de preconceito que abalam a democracia e contribuem para os retrocessos que ocorrem a base da caneta sem o conhecimento da maioria da população. 
 
"Recentemente o presidente Bolsonaro fez graves mudanças no ProUni, já sinalizando a retirada das políticas de recorte racial. Um absurdo que afetará gravemente nossa população", acrescentou. 
 
Foram convidados para a audiência o Movimento de População em Situação de rua, a representante da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, Lucia Soares, a representante do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia, Jessica Tupinambá, o coordenador-geral da Coordenaçãoi Nacional de Entidades Negras (Conen), Gilberto Leal, a defensora pública do Estado, Eva Rodrigues; a professora da UFBA e coordenadora do NAMIR, Mariangela Nascimento, além do professor Jucelho Dantas e o migrante Danilo Miguez.
 
Clique neste link ou no card abaixo e participe!