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UFBA e Acnur assinam termo de cooperação para promover acolhimento a refugiados

Enviado em 06/12/2021 - 10:10

Fotografia : edgardigita

 


A UFBA celebrou termo de cooperação técnica, científica e cultural com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em evento restrito realizado na quarta-feira, 1.º de dezembro, na Sala dos Conselhos da Reitoria. O vice-reitor Paulo Miguez representou a Universidade no encontro com o representante do Acnur no Brasil, José Andres Egas Loaiza, que esteve acompanhado de Giulianna Serricella, assistente sênior da entidade. Também participaram doeventoo diretor da Faculdade de Direito, Júlio Sá da Rocha, a diretora da Faculdade de Filosofia e Ciência Humanas, Maria Hilda Paraíso Baqueiro, a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da UFBA (Namir), Mariângela Nascimento, a assessora para Assunto Internacionais, Elizabeth Ramos, e Luciana Fernandes Lopes, também membro do Namir e da Rede Universitária de Pesquisas e Estudos Migratórios (Rupem).

José Loaiza enfatizou o drama de milhões de pessoas em todo o mundo que estão afastadas de suas casas e necessitam de assistência humanitária. Segundo relatório do Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, pelo menos 82,4 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas até o final de 2020, como resultado de perseguição, conflito, violência, violação de direitos humanos ou eventos que perturbam seriamente a ordem pública. Deste contingente, cerca de 26,4 milhões de indivíduos estão na condição de refugiados. No Brasil, ao final de 2020, havia 57.099 pessoas refugiadas reconhecidas, conforme aponta a 6ª edição do relatório “Refúgio em Números” do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE).
 
Foto: EdgarDigital. O representante do ACNUR apontou a importância da academia no processo de reinserção dos refugiados, e lembrou que já são 31 as instituições de ensino que fazem parte da Cátedra Cátedra Sérgio Vieira de Mello, entre as quais a UFBA – que passou a fazer parte com a assinatura do termo de cooperação.
 
O vice-reitor Paulo Miguez reforçou o compromisso da UFBA com os direitos humanos e o acolhimento aos refugiados. Miguez informou que 18 refugiados, de diferentes países, estão estudando na UFBA atualmente. Ele também comentou recentes conquistas como a aprovação de cotas para refugiados nos diversos cursos da universidade  e a dispensa de alguns documentos para reconhecimento de diplomas que, conforme destacou, são impossíveis de serem coletados por aqueles que estão na condição de refugiados. A Universidade Federal da Bahia, por meio do Conselho Acadêmico de Ensino (CAE), criou uma comissão específica para redação da novo do regimento para facilitação da validação de títulos de graduação e pós-graduação para refugiados e solicitantes de refúgio. (veja também: UFBA para todos: refugiados e pessoas trans também são incluídos em cotas).
 
O termo de cooperação “visa estabelecer o intercâmbio de dados e informações, com o objetivo de promover e difundir o Direito Internacional Humanitário, o Direito Internacional dos Direitos Humanos, e, em especial, o Direito Internacional dos Refugiados que se encontrem sob a proteção internacional do Governo do Brasil, bem como de desenvolver atividades que objetivem a incorporação da temática do refúgio na agenda acadêmica da instituição, através da criação da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, com vistas ao desenvolvimento de projetos e atividades voltadas para o treinamento de recursos humanos, desenvolvimento de difusão de tecnologia, editoração e publicação, planejamento e desenvolvimento institucional abrangendo as áreas de ensino, pesquisa e extensão no âmbito das funções institucionais da Universidade Federal da Bahia”, conforme destaca o documento.
 
 
Foto: EdgarDigital. O representante do ACNUR apontou a importância da academia no processo de reinserção dos refugiados, e lembrou que já são 31 as instituições de ensino que fazem parte da Cátedra Cátedra Sérgio Vieira de Mello, entre as quais a UFBA – que passou a fazer parte com a assinatura do termo de cooperação.

 

 

A coordenação da Cátedra na Universidade estará sob responsabilidade do professor Júlio César Sá da Rocha e da professora Maria Hilda Paraíso Baqueiro. De acordo com o documento, integram a cátedra as seguintes unidades de ensino e cursos: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Psicologia, Bacharelado de Gênero e Diversidade, Serviço Social, História), Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Instituto de Matemática e Estatística, Instituto de Letras, Instituto de Saúde Coletiva, Faculdade de Economia e a Faculdade de Administração. Todos os cursos e unidades envolvidas estão distribuídas nas comissões temática do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (Namir-UFBA): Comissão de Direitos Humanos,  Comissão de Educação, Comissão de Saúde e Comissão de Trabalho.
 
Através do acordo, a UFBA assume o compromisso de desenvolver ações nas linhas de ensino, pesquisa, extensão, ingresso facilitado e advocacy; fornecer suporte e apoio jurídico aos refugiados orientados pelos órgãos competentes; entre outros. Para viabilizar os objetivos previstos no acordo, o ACNUR mantém o compromisso de incentivar a produção acadêmica sobre refúgio; apoiar tecnicamente em temáticas de expertise e mandato do ACNUR; subsidiar material de capacitação, quando possível, sobre Direito Internacional dos Refugiados; contribuir na divulgação de atividades organizadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) parceiras sobre a temática do refúgio; organizar e promover reunião anual de coordenação entre as diversas IES vinculadas à Cátedra; entre outros.
 
O plano de trabalho acordado prevê uma série de ações a serem implementadas. No âmbito de ensino, estão planejadas iniciativas como disciplinas que serão ministradas no Mestrado profissional em Direitos Humanos e Contemporaneidade, da Faculdade de Direito, que abordam a temática sobre a realidade dos migrantes e refugiados. Já a Ação Curricular em Comunidade e Sociedade (ACCS) “Populações tradicionais, Imigrantes, Refugiados, religiosidade, direitos humanos e políticas públicas”, uma iniciativa do curso de Serviço Social, do Instituto de Psicologia, propõe “visibilizar o protagonismo das populações tradicionais, dos imigrantes e refugiados na luta pela efetivação dos direitos humanos a partir das políticas públicas”.
O termo de cooperação técnica, científica e cultural tem prazo de validade de 48 (quarenta e oito) meses a partir da data de assinatura, e poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos.
 
 

Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da UFBA (NAMIR)

 

No ano de 2020, foi criado na UFBA o Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (NAMIR), um programa permanente de extensão com o propósito de promover a integração social da população imigrante e refugiada na Bahia através da articulação de rede institucional que atua na defesa dos direitos humanos e oferece atendimento nas áreas de educação, saúde e trabalho, visando promover as condições de vida digna aos imigrantes e refugiados e as condições efetivas de (re)inserção social e econômica. É um projeto de caráter interdepartamental e interdisciplinar, que congrega vários cursos e unidades de ensino.
O Núcleo vem desenvolvendo uma série de ações, a exemplo do curso de Capacitação On Line em Direitos Humanos e Migração, realizado entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, a Semana do Refugiado: acolhimento e integração, realizada em julho deste ano, além de muitos webnários, oficinas, projetos e disciplinas de graduação e pós-graduação.
 
Em parceria com o Centro de Atendimento ao Migrante, o Núcleo lançou, em setembro deste ano, a cartilha “Os caminhos dos(as) migrantes e refugiados(as) na Bahia”, que amplia conhecimentos sobre a realidade migratória e a nova legislação brasileira de migração, além da apresentar uma relação dos principais órgãos públicos e organizações sociais de atendimento a migrantes e refugiados(as) no estado e um catálogo de endereços das principais organizações sociais e instituições privadas e também dos órgãos públicos para facilitar o acesso às garantias previstas na Nova Lei de Migração nº 13.445/2017.
 
 
 
 
“O estado da Bahia concentra a maior parte dos migrantes internacionais que chegam ao Nordeste brasileiro. O Nordeste é a região com a terceira maior concentração de fluxo migratório do país e tem atraído, principalmente, migrantes e refugiados(as) vindos(as) de países da América do Sul e da África. Esse fluxo crescente de migrantes e refugiados/as para a Bahia tem se deparado com a falta de conhecimento e informação, tanto da parte do poder público estadual e municipal, como da própria sociedade. Muitas dificuldades decorrem da falta deinformaçãopara atender às necessidades urgentes da população migrante. Não basta termos uma legislação garantindo os direitos aos(às) migrantes e refugiados/as, é preciso conhecer a realidade migratória e criar meios institucionais para oferecer a boa acolhida, confirmando os direitos contemplados na nova Lei de Migração”, destaca a cartilha em sua apresentação.
 
O Programa coordenado pela UFBA também organizou a Rede Universitária de Pesquisas e Estudos Migratórios (Rupem), que reúne universidades públicas, federais e estaduais da Bahia, localizadas em regiões e municípios onde chegam os/as imigrantes e refugiados/as. A articulação tem o objetivo de organizar e oferecer serviços de políticas sociais, e dialogar com os poderes públicos em busca de formas de aumentar a efetividade das ações.
 

Foto: EdgarDigital.  Segundo relatório Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, pelo menos 82,4 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas até o final de 2020. Deste contingente, cerca de 26,4 milhões de indivíduos estão na condição de refugiados

 

Matéria originalmente publicada no site EdgarDigitalUFBA (03/12/2021). Por Murillo Guerra . Clique aqui para ver o texto original!

III Congresso de Extensão (CONEX) de 06/12/2021 a 08/12/2021

Enviado em 06/12/2021 - 09:43
 
 

 

 
O III Congresso de Extensão da UFSB, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEX). O objetivo do evento, que vai ocorrer nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, em formato on-line, é divulgar ações e resultados das atividades extensionistas realizadas na UFSB em 2021, favorecendo a troca de experiências e a promoção de debates sobre o impacto da extensão no contexto universitário e nas comunidades dos territórios de abrangência da UFSB.
 
Após quase dois anos de pandemia de Covid-19, as instituições de ensino superior e entidades parceiras continuam buscando soluções criativas no ensino, na pesquisa e na extensão para superar os desafios impostos pelo atual cenário social. Na área de extensão, o Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (Forproex) se manteve ativo, acompanhando e divulgando sistematicamente as ações implementadas ao longo deste período. Afinal, a suspensão de atividades em campo não significou a quebra de vínculo entre as universidades e as comunidades, como mostram os inúmeros encontros de extensão por todo o país que ocorreram por meio de plataformas virtuais.
 
Mesmo diante das dificuldades impostas pelo isolamento social, a extensão se consolidou como ferramenta estratégica para manter e ampliar o diálogo entre comunidades internas e externas, permitindo à universidade buscar o equilíbrio entre a vocação técnico-científica, o olhar humanizador e o compromisso social. Com o objetivo de reunir estudantes, técnicos/as administrativos/as, docentes da UFSB e de outras instituições, e comunidade externa, o III CONEX se consolida como o momento mais importante para mostrar e discutir os resultados das atividades de extensão em nossos territórios. Participe! O período de submissão de trabalhos para acomunidadeda UFSB é de 24 de setembro a 10 de outubro. Inscrições para ouvintes internos e externos de 24 de setembro a 5 de dezembro.
 
 
 
Mesa: Direitos Humanos, Extensão e (I)Migração
 
  •   Profa. Dra. Mariangela Nascimento, Cientista política
  FFCH/UFBA, Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do NAMIR/UFBARUPEM
  Profa.Dra. Giuliana Redin - Líder do Grupo de
  Pesquisa, Ensino e Extensão Direitos Humanos e Mobilidade Humana
  Internacional MIGRAIDH/UFSM)
 
  • Profa. Zenaida Luisa Lauda-Rodriguez - RESAMA - Rede Sul Americana para as Migrações
  Ambientais e a rede WATERLAT GOBACIT. Grupo de Estudos em Direito Comparado -
  GEDC e ProMigra (Projeto de Promoção dos Direitos de Migrantes), Faculdade de
  Direito da USP.
 
  •   Mediação:  Profa. Christianne Benatti Rochebois (CFCHS/UFSB), doutora em Didática de Línguas e
  Culturas e líder do GP "Histórias de vida e dinâmicas
  interdisciplinares"
 
 
 
Para conferir a programação completa, clique neste link!
 

Entre o Atlântico e a Casa Grande Existiu Palmares: Por uma Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica

Enviado em 03/12/2021 - 12:14

 

Apresentação dos projetos das unidades da UFBA com recorte Étnico-Racial

 


 

O evento Entre o Atlântico e a Casa Grande Existiu Palmares: Por uma Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica tem o propósito de reafirmar que a Universidade é Para Todos/as/es, garantindo que as transformações ocorridas que levaram a população negra e demais oprimidos/as ao espaço da universidade têm origem nas lutas negras. Revela também que sujeitos reificados trazem consigo a resistência e as condições humanas para a emancipação, a exemplo dos diversos quilombos e aqui destacamos o Quilombo de Palmares. Assim, acreditamos que as agências de ensino devem instaurar uma nova relação com a população que a frequenta, estabelecendo seus planos de ações e projetos pedagógicos a partir da escuta dos movimentos sociais.  São negros/as, ciganos/as, indígenas, quilombolas, o Povo de Santo (religiões de matriz africana), capoeiristas, ribeirinhos/as, empregadas domésticas, movimento hip-hop e periféricas, lutando pelo acesso e permanência sem perversidade, isto é, sem humilhações e sem epistemicídios.

Essa população que é tão rica e diversa na produção de cultura e conhecimentos, deixa igualmente claro que é preciso muito mais do que leituras e livros. Eles e elas precisam de parcerias e fomento para construir um conhecimento transformador e fortalecer a luta contra os poderes antidemocráticos.  Neste sentido, a UFBA com seus atores e atrizes (professores, técnicos e discentes) das diversas unidades que voltaram seus olhares as para realidades diversas e realizam um trabalho com essa população se predispõem a refletir e desenhar estratégias de ações que possam garantir de forma efetiva e permanente um canal direto dos povos tradicionais com a universidade e o mundo. 

Também nos inspiramos nos ENCONTROS DOS SABERES, o que nos faz ter certeza de que as universidades precisam fazer muito mais, já que muitas universidades ainda não implementaram as Leis 10.639-03, 11.645-08, bem como ainda não possuem um Programa de Combate ao Racismo Institucional. Logo, urge, parafraseando Che Guevara, pintar a universidade de POVO, no sentido de transformar e emancipar... Esse movimento certamente tem um longo percurso, e a universidade não pode cruzar os braços diante de tamanha manifestação social. Que Palmares viva, que a riqueza dos povos primeiros e dos povos tradicionais impulsionem a Pintura da UFBA rumo a Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica

 
 
 
 Projetos desenvolvidos pela Faculdade de Filosofia Ciências Humanas 
 
• Profª  Drª  Marina Guimarães - Coordenadora da ACCS Conexões Afropindorâmicas;
• Profª Drª Mariangela Nascimento - Coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do NAMIR.
 
 Projetos Desenvolvidos de APUB – Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior da Bahia 
 
• Prof. Dr. Emanuel Lins Freire Vasconcellos.  Professor da Faculdade de Direito da UFBA e da UNEB. Presidente da APUB-Sindicato e Diretor Jurídico do PROIFES-Federação.
 
Projetos da Escola de Teatro 
 
• Coordenação Professora Alexandra Dumas
 
 
 
 
 

Programação


Sexta-Feira dia 03/12/2021

Acolhimento - 8h30 

  • Culto Ecumênico ou Apresentação Artística - das 8:45 às  9:45

Mesa Oficial - 9h45 às  12h

 

 

Mesa De Debate

  • A UFBA Para Além dos Encontros de Saberes: Pela Construção de uma Cátedra Pluriepistêmica - 13h30 às  15h30

Prof. Dr.  José Jorge de Carvalho

 

Mesa Redonda

  • As Lei 10.639-03, 11.645-08 e 12.278-10  - O Racismo Institucional - das 15:30h às 17:00h
  • Apresentação Dos Projetos das Unidades Da Ufba Com Recorte Étnico-Racial

 


Sábado dia 04/12/2021 - das 9h às 10h 30 

  • Apresentação dos Projetos das Unidades da UFBA com Recorte Étnico-Racial - das 10h30 às  12h
  • A Construção de uma Cátedra:  A Universidade Pluriepistêmica - das 13h30 às  17h

A senzala já transformou a casa grande:  integrantes do Programa Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica

 

Bloco I

  • Os Pobres, Negros/as e Indígenas na Universidade:  Pré-Permanência, Permanência e a  Pós-Permanência

Bloco II

  • O Que os  Povos Tradicionais Querem da UFBA?
 

Data do Evento

 

Dia: 03-04/12/2021, das 13h 30 às 15h 30

Canais de Transmissão do evento: 

Clique neste link para fazer sua inscrição!

 

 

Encontro do Namir/UFBA com a Pastoral do Migrante, Centro Comunitário Monsenhor José Hamilton e o grupo Monte Tabor

Enviado em 03/12/2021 - 10:22

 


 

Encontro do Namir/UFBA com a Pastoral do Migrante, Centro Comunitário Monsenhor José Hamilton e o grupo Monte Tabor no dia 29 de novembro. Foram discutidas algumas ações para o ano de 2022 e as articulações institucionais.

 

 

Instituto oferece bolsas integrais para cursos de capacitação profissional

Enviado em 02/12/2021 - 15:53

 


 

Para obter informações, por favor, entrar em contato com Ludovica - Centro de Educação Profissional por meio do Whatsapp: (71) 9 9726-0077 ou Tel. Fixo: (71) 3409-8130, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

 

Procurando emprego? Vagas de emprego para migrantes venezuelanos

Enviado em 02/12/2021 - 15:40

 


A OIM ( Organização Internacional para Migração) em parceria com a Burger King, abre inscrição para o envio de currículos de migrantes venezuelanos (até sábado

(04/11) para determinadas vagas em aberto (quadro abaixo):
 
Segue vagas para:
 
  • Gerente de negócios
  • Coordenador de plantão
  • Técnico manutenção
  • Atendente mensalista
REGIONAL NE:
Soliene Salustriano dos Santos : soliene.santos@burgerking.com.br
Mandar currículo para:
Anna Carolina de Castro: anna.castro@burgerking.com.br

Plataforma Refugiados Empreendedores oferece capacitações gratuitas do SEBRAE

Enviado em 02/12/2021 - 12:15

Empreendedora venezuelana finaliza um bolo criado em seu próprio negócio, em São Paulo. © ACNUR/Dan Magatti

 


Iniciativa do ACNUR e Pacto Global Rede Brasil vai oferecer cursos sobre inovação, marketing digital, formação de preço e controle financeiro, entre outros.

 

Para melhorar o desempenho dos negócios de pessoas refugiadas no Brasil, o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) passam a oferecer cursos gratuitos para esta população por meio da plataforma Refugiados Emprendedores.

Os cursos oferecidos abordam os perfis de empreendedores, capacidades de inovação, conhecimentos de marketing digital para vender pela internet, formação de preços condizentes com os negócios, controle da movimentação financeira, mecanismos de formalização do negócio e meios de acesso a crédito.

De acordo com dados do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), o Brasil possui mais de 62 mil pessoas reconhecidas como refugiadas e mais de 160 mil solicitantes do reconhecimento da condição de refugiado que vieram ao Brasil em busca de proteção e meios para seu desenvolvimento.

Grande parte dessas pessoas encontra no empreendedorismo uma forma de consolidar sua vida no país. A parceria entre o ACNUR e o SEBRAE busca desenvolver ações que capacitem estes refugiados empreendedores, dinamizando seus negócios e melhorando a renda gerada por meio destas iniciativas.

A plataforma Refugiados Empreendedores, desenvolvida pelo ACNUR e pelo Pacto Global, permite que refugiados empreendedores ou tenham interesse em empreender no país divulguem seus produtos e serviços, além de acessarem cursos e materiais de apoio para sua capacitação de forma on-line e gratuita.

O SEBRAE é um parceiro da plataforma Refugiados Empreendedores e está atuando na mobilização de suas unidades estaduais onde há mais presença de pessoas refugiadas, como Roraima, Amazonas e São Paulo, para divulgar a plataforma e oferecer capacitações locais.

De acordo com a analista da Unidade de Assessoria Institucional do Sebrae, Denise Forini, a instituição realizou uma curadoria de cursos que têm mais aderência para esse público, para que eles possam estar melhor preparados e contem com o auxílio do Sebrae para se formalizar.

Denise ainda destaca que os cursos do Sebrae que foram criados para serem realizados via WhatsApp também estão sendo promovidos para esse público. “Estamos divulgando essas nossas capacitações, pois sabemos que elas são rápidas e fáceis de fazer e podem ajudar muitos refugiados que empreendem”.

Para esses cursos, os empreendedores devem apenas fazer um cadastro para passar a receber o conteúdo pelo aplicativo de mensagens, podendo concluir o estudo dos módulos nesse ambiente. Todos os cursos têm duração de trinta dias e carga horária de até 18 horas.

“Estamos criando também uma turma específica para refugiados no Up Digital, que é uma solução que ajuda os empreendedores a conhecerem e aplicarem estratégias e ferramentas de marketing digital em seus negócios. A primeira turma exclusiva para refugiados empreendedores deverá começar agora em dezembro”, comenta.

O Oficial de Meios de Vida do ACNUR, Paulo Sérgio Almeida, constata que, no contexto da pandemia, cada vez mais pessoas refugiadas estão empreendendo no Brasil, gerando renda e contribuindo com as comunidades onde estão inseridas.

“Precisamos considerar o potencial de novos negócios que as pessoas refugiadas trazem consigo. Da mesma forma, elas precisam de apoio para a criação, manutenção e expansão de seus negócios e a plataforma Refugiados Empreendedores visa facilitar este processo. A parceria com o SEBRAE vai nos permitir avançar ainda mais neste papel”, diz Paulo Sérgio.

A plataforma Refugiados Empreendedores conta o apoio do Sebrae Nacional, Aliança Empreendedora, Migraflix, IFC (organização do Grupo Banco Mundial), Instituto Rede Mulher Empreendedora, Facebook, EY, Instituto Lojas Renner, Unidas e Estados Unidos.

Informações para a imprensa:

 

Matéria originalmente publicada no site ACNUR Brasil (02/12/2021). Por Miguel Pachioni. Clique aqui para ver o texto original!

 

 

A atuação dos órgãos estatais com a população migrante

Enviado em 01/12/2021 - 09:12

Relatório da OIM: A COVID-19 faz disparar o número de migrantes vulneráveis em trânsito nas Américas

Enviado em 30/11/2021 - 11:37

Reprodução

 


 

Pelo menos 30 mil crianças, a maioria abaixo dos cinco anos, estão dentre as mais de 125 mil pessoas que, neste ano, arriscaram suas vidas atravessando o Tampão de Darien, uma das rotas irregulares mais perigosas do mundo para migrantes em direção à América do Norte, de acordo com o relatório sobre movimentos migratórios regionais nas Américas, lançado na última sexta-feira, 26/11, pela Organização Internacional para as Migrações.

O relatório destaca que os movimentos oriundos da América do Sul de migrantes do Caribe, Ásia, África e das Américas vêm acontecendo há cerca de uma década, mas aumentaram drasticamente devido aos impactos socioeconômicos, políticos e sanitários da pandemia de COVID-19.

O número total de travessias irregulares pelo Darien – uma passagem traiçoeira na selva na fronteira da Colômbia com o Panamá, sem estradas e onde se encontram grupos armados, contrabandistas de migrantes e traficantes de pessoas - é mais alto neste ano do que para todo o período de 2010-2020 somado. Cerca de 25% dos que cruzam o Tampão são crianças, tendo 24 mil delas cinco anos de idade ou menos.

De acordo com o relatório, muitos dos migrantes vulneráveis em trânsito são haitianos, bem como nacionais de outros países do Caribe, Ásia, África e das Américas.

 

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Rotas de migração de haitianos identificadas nas Américas na última década

 

Na última década, um número crescente de nacionais dessas regiões vêm migrando para a América do Sul. De acordo com estimativas do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (UNDESA), o número de migrantes africanos na América do Sul aumentou de 22 mil em 2010 para 43 mil em 2020, ao passo que o número de migrantes do Caribe na região disparou exponencialmente de 79 mil em 2010 para 424 mil em 2020. A quantidade de migrantes da Ásia na região também aumentou de 208 mil em 2010 para 302 mil em 2020.

Sem a opção de usar rotas regulares de migração, muitos migrantes recorrem a contrabandistas, aumentando questões de vulnerabilidade e proteção, mostra o relatório.

Dentre esses fluxos estão migrantes que, nos últimos anos, se assentaram regularmente em países na América do Sul, principalmente no Brasil e no Chile.

O relatório enfatiza que alguns migrantes em movimento para a América do Norte do Caribe, África e Ásia tiveram filhos que são nacionais dos países da América do Sul, de modo que não são exclusivamente migrantes do Caribe e outras regiões.

Outros foram forçados a, ou decidiram, migrar para outros destinos no norte do continente devido à documentação inadequada e ao impacto da pandemia, incluindo um crescimento alarmante de xenofobia, o que limita o acesso a serviços básicos. Desastres e instabilidade política nos países de origem e de residência também foram impulsionadores.

 

Migrantes em trânsito em Colchane, Chile. Muitos migrantes vulneráveis são haitianos, bem como nacionais de outros países do Caribe, Ásia, África e das Américas, de acordo com o novo relatório da OIM. Foto: OIM Chile

 

A OIM pede por US$ 74,7 milhões para responder às necessidades humanitárias do crescente número de migrantes vulneráveis em movimento, bem como para os países de destino atuais a fim de mitigar os impactos negativos da crise e de outros fatores socioeconômicos que geralmente atingem os migrantes primeiro e com mais força. A assistência inclui alimentação, vestimenta, serviços de saúde e apoio psicossocial, abrigos seguros e proteção para vítimas e pessoas sob risco de violência de gênero e tráfico de pessoas.

A Plataforma da OIM de Resposta Global a Crises oferece um panorama dos planos da OIM e dos requisitos de financiamento para responder às necessidades e aspirações emergentes das pessoas impactadas ou sob risco de crise e deslocamento em 2021 e adiante. A Plataforma é atualizada regularmente a medida em que a crise avança e novas situações surjam.  

Faça o download do relatório aqui

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Para mais informações, entre em contato com:

- Juliana Quintero no Escritório Regional da OIM em Buenos Aires, E-mail: juquintero@iom.int, Tel: +54 9 11 3248 8134
- Jorge Gallo no Escritório Regional da OIM em São José, E-mail: 
jgallo@iom.int, Tel: +506 7203 6536

 

Matéria originalmente publicada no site OIM Brasil(30/11/2021). Clique aqui para ver o texto original!

Após criação de Núcleo, Defensoria amplia participação em ações de educação em direitos humanos com PMs

Enviado em 29/11/2021 - 11:21

Reprodução: DPE/BA ministra módulo no curso de formação da PM em Alagoinhas

 


A atuação visa contribuir com a construção de uma política de segurança pública condizente com o regime democrático

 

Empenhada em contribuir com a construção de uma política de segurança que resguarde os direitos humanos, a Defensoria Pública da Bahia segue fortalecendo sua atuação com os agentes de segurança pública. Além da criação do Núcleo de Assistência Jurídica ao Policial Militar, Policial Civil e Bombeiro Militar, possibilitado pela assinatura do termo de cooperação técnica com a Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA), a instituição tem participado de atividades de capacitação desenvolvidas no interior do estado.

Essa atuação visa contribuir com a reversão do quadro apresentado pela pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), onde a polícia baiana aparece como a segunda que mais mata em operações policiais. E com a difusão dos preceitos dos direitos humanos junto àqueles que são responsáveis por resguardar o direito à segurança.

Nesse sentido, nos mesmos moldes da parceria com o Governo do Estado, a Defensoria assinou convênio para garantir a defesa e atuar na capacitação dos integrantes da guarda municipal de Lauro de Freitas. E, nas cidades do interior do estado, vem colaborando com as ações de capacitação direcionadas aos agentes da polícia militar.

Em Alagoinhas, em decorrência do convênio firmado com a SSP/BA e a convite do comandante do Quarto Batalhão, Tenente-Coronel Ávila dos Anjos, a DPE/BA passou a integrar o curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM. A primeira participação como facilitadora do programa de capacitação aconteceu no último dia 11 de novembro, quando as defensoras públicas Camile Morais, Jamara de Santana e Kamile Alves; e o coordenador da 13ª Regional, Danilo Rodrigues, ministraram o módulo “Segurança Pública, Direitos Humanos e Defensoria Pública”.

 

 Curso de formação da PM em Alagoinhas

 

Os/as defensores/as trataram da educação em direitos e apresentaram a atuação da Defensoria Pública, em especial através do Núcleo de Assistência Jurídica ao Policial Militar, Policial Civil e Bombeiro Militar, que garante atendimento aos agentes de segurança na capital e também no interior. Eles também apresentaram a cartilha “O que você precisa saber sobre abordagem policial”, ressaltando os limites jurídicos e jurisprudenciais da intervenção militar nos direitos da população.

Para o coordenador da 13ª Regional, Danilo Rodrigues, a presença da instituição nesse espaço foi de fundamental importância por possibilitar a educação em direitos dos policiais que, eventualmente, poderão se tornar assistidos da instituição. “Além disso, realizamos a promoção dos direitos humanos ao qualificarmos a atuação desses agentes, visando alcançar e proteger a população mais vulnerabilizada e empobrecida, que receberá por parte do estado da Bahia uma segurança pública garantidora dos seus direitos, com menos violência”, afirmou.

Já em Santo Antônio de Jesus, a 6ª Regional da DPE/BA foi uma das instituições que participaram do workshop “Racismo, Intolerância Religiosa e LGBTfobia”, promovido pela SSP/BA, através da Superintendência de Prevenção à Violência (SPREV), em parceria com a Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB e do Coletivo Interinstitucional de Combate ao Racismo, Intolerância Religiosa e LGBTfobia do município.

 

Defensoria discute racismo em evento da SSP

 

Durante o evento, que teve duração de cinco dias – 4 a 8 de outubro, a coordenadora da 6ª Regional, Carina Góes, e a defensora pública Paula Faskomy abordaram a pauta do racismo e também utilizaram do espaço para divulgar o termo de cooperação firmado entre a DPE/BA e a SSP/BA. Para Carina, o evento foi uma grande oportunidade de provocar a reflexão dos agentes de segurança pública, que em suas atividades, podem ser autores de situações de racismo, mas que também são vítimas do mesmo sistema, discriminatório e opressor.

“É extremamente importante que estejamos em atividades como estas, no sentido de colaborar para a humanização do atendimento oferecido por agentes de segurança pública à população em geral. Com isso, acreditamos que podemos contribuir com a diminuição das tantas violações de direitos de que temos notícia, sobretudo na cidade de Santo Antônio de Jesus”, destacou.

Educação em direitos

Mesmo antes de firmar convênio para tal, a Defensoria já desenvolvia ações de educação em direitos humanos em parceria com a Polícia Militar. Exemplo disso é a cartilha “O que você precisa saber sobre abordagem policial”, que foi lançada em 2019 e teve nova edição publicada em este ano.

O material produzido pela Especializada de Direitos Humanos para difundir conhecimento em relação aos direitos e deveres da população durante as abordagens recebeu contribuições de oficiais da PM com o objetivo de dar ainda mais clareza aos cidadãos e também aos profissionais de segurança sobre os procedimentos de abordagem permitidos e sobre o que pode ser considerado abuso de autoridade.

 

Matéria originalmente publicada no site Defensoria da Bahia (26/11/2021).Por Ailton Sena DRT 5417/BA. Clique aqui para ver o texto original!