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Processo seletivo de ingresso a UFBA 2022

Enviado em 13/12/2021 - 09:44
 
 
 

 

Processo Seletivo para vagas reservadas aos candidatos índios aldeados, moradores das comunidades remanescentes dos quilombos e pessoas Trans (transexuais, transgêneros e travestis) e Refugiados.
 
 
  • Os candidatos a essas vagas deverão obrigatoriamente (exceto os refugiados) ter concluido o ensino médio em escola pública e ter submetido às provas do ENEM de acordo com o Edital.
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  • Os candidatos imigrantes ou refugiados no Brasil em situação de vulnerabilidade deverão ter concluído o ensino médio ou equivalente em outro país. 
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  • Para os cursos de Artes, Música e Teatro os candidatos deverão realizar a inscrição para o processo seletivo específico de Artes e comparecer às provas de Habilidade.
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  • A condição de quilombola e a de aldeado será comprovada, respectivamente, mediante certificado da Fundação Cultural Palmares e da FUNAI.
  • As comunidades remanescentes de quilombos são apenas aquelas certificadas pela Fundação Cultural Palmares nos termos do Decreto 4887/03. O candidato deverá ainda comprovar seu endereço mediante documento fornecido pela Associação dos quilombos remanescentes.
 
  • A condição de índio aldeado deverá ser comprovada mediante apresentação de Declaração da FUNAI e de documento fornecido pelo Cacique da Aldeia.
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  • A condição de pessoas TRANS (transexuais, transgêneros e travestis) deverá ser comprovada por intermédio de documento de auto declaração disponível nesta página.
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  • Os candidatos imigrantes ou refugiados em situação de vulnerabilidade terão sua situação comprovada mediante visto humanitário permanente ou temporário, emitido pelo Conselho Nacional de Imigração
 
 
Inscrição: 01-04 de fevereiro de 2022
 
Para mais informações, clique neste link  
 
Veja o edital aqui ou clicando no card abaixo!
 
 
 

UFBA e UFJF passam a integrar a Cátedra Sérgio Vieira de Mello do ACNUR

Enviado em 10/12/2021 - 18:09

Representantes do ACNUR e da UFBA posam para foto após a assinatura do termo que confirmou a inclusão da universidade à Cátedra Sérgio Vieira de Mello. ©UNFA/Divulgação

 

 


 

Antes mesmo de fechar o ano de 2021 com as já consolidadas conquistas da articulação da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) com as universidades que integram a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), duas universidades passaram a fazer parte desta iniciativa: a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Ambas instituições se somam a outras 30 instituições de ensino superior localizadas em todas as regiões do Brasil, cuja proposta é de promover o ensino e capacitações sobre o tema das pessoas refugiadas, fomentar pesquisas e possibilitar extensão universitária no atendimento às pessoas refugiadas nestas diversas localidades, além de atuarem conjuntamente para o fortalecimento de políticas públicas inclusivas e efetivas para essa população.

A parceria entre o ACNUR e a UFBA se deu por meio do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (NAMIR), visando ampliar e diversificar as ações desenvolvidas pelo NAMIR para a garantia dos direitos das pessoas em situação de deslocamento forçado nas esferas do município e do estado, estreitando a articulação com o poder público.

“A Bahia se tornou, nos últimos anos, uma importante região de destino de pessoas de diferentes nacionalidade, especialmente latino-americanas, que buscam uma chance de recomeçar suas vidas e isso exige uma intervenção social intensiva para que sejam efetivadas as condições humanitárias de acolhimento. Em face desta situação, o NAMIR/UFBA tem procurado ampliar e implementar suas parcerias institucionais”, afirma profa. Mariangela Nascimento, coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do NAMIR.

Já a parceria entre o ACNUR e a UFJF, vinculado à Diretoria de Relações Internacionais em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão, viabilizará diversas atividades previstas no plano de trabalho, como atendimento jurídico, continuidade de cursos de português, atendimento odontológico e atividades regulares de música e gastronomia com foco na população refugiada.

“A importância de nos associarmos à CSVM se dá pela tradição de nossa universidade na atenção às questões e demandas de grupos sociais em situação de vulnerabilidade e, sobretudo, por compreendermos que o papel social de uma universidade pública é ampliar suas redes de ação, valorização e assistência para além do que é comumente conhecido. O convênio com o ACNUR representa a possibilidade de ação qualificada e a UFJF está convicta sobre a grandeza dessa parceria e de seus frutos”, afirma o professor Rodrigo Christofoletti, coordenador da CSVM da UFJF.

 

Representantes do ACNUR e da UFJF firmam parceria junto à CSVM. © Carolina de Paula
 

 

O trabalho do ACNUR junto às instituições acadêmicas no Brasil agrega em seu plano de trabalho, além dos conceitos e referências trazidas pelos saberes universitários, ações efetivas de inclusão de pessoas refugiadas no ambiente acadêmico, a geração de pesquisas sobre a realidade de quem busca proteção internacional no Brasil e um serviço descentralizado e de excelência no atendimento aos anseios dessa população.

“A Cátedra Sérgio Vieira de Mello, por meio das instituições que a agregam, presta um serviço fundamental de acolhimento e facilitação da integração de pessoas refugiadas no Brasil. Com a inclusão da UFBA e da UFJF, as atuais 32 instituições da Cátedra fortalecem o sistema de respostas humanitárias no país, promovendo reflexões, prestando serviços fundamentais e realizando a efetiva inclusão de estudantes refugiados no ambiente acadêmico, agregando saberes e conhecimentos para o desenvolvimento da sociedade brasileira”, afirma Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil.

A atuação das instituições que fazem parte da CSVM dialoga com os respectivos contextos das regiões onde estão inseridas. Desta maneira, o ACNUR diversifica sua atuação por meio dos serviços prestados pelas universidades às pessoas refugiadas ao mesmo tempo em que responde, de forma conjunta e coordenada, as demandas existentes. Como resultado deste processo, consolida-se uma rede de apoio e assistência que promove na ponta a integração de refugiados e a coexistência pacífica desta população com a comunidade de acolhida.

Sobre a Cátedra Sérgio Vieira de Mello

A relação institucional entre o ACNUR com as instituições de ensino superior no Brasil iniciou-se em 2003, por meio da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM). Trata-se de um acordo de cooperação em que o ACNUR estabelece um Termo de Referência com as universidades, estabelecendo responsabilidades e critérios para adesão à iniciativa dentro de quatro linhas de ação: ensino, pesquisa, extensão e formulação de políticas públicas.

Além de difundir o ensino universitário sobre temas relacionados ao refúgio, a CSVM também visa promover a formação acadêmica e a capacitação de professores e estudantes dentro desta temática. O trabalho direto com os refugiados em projetos de extensão também é definido como uma grande prioridade, assim como processo de ingresso e reingresso nas universidades por meio de editais específicos.

Mais informações estão detalhadas na página da CSMV do ACNUR

Matéria originalmente publicada no site ACNUR Brasil  (09/12/2021). Por Miguel Pachioni. Clique aqui para ver o texto original!

Foi realizada nesta quinta (09/12), mais uma reunião de articulação entre o Namir e setores da sociedade

Enviado em 10/12/2021 - 09:04

 

 


 

Aconteceu na tarde hoje (09/12), mais uma reunião de articulação entre o Centro Comunitário Mons. José Hamilton/Pastoral do Migrante, o NAMIR-UFBA e o Centro Ludovica/Monte Tabor.
O vereador Joceval Rodrigues, Presidente da Comissão de Orçamento da Câmara Municipal de Salvador foi convidado para que fossem abordadas  iniciativas que possibilitem a geração de políticas públicas municipais para Migrantes e Refugiados. O mesmo se comprometeu a criar pontes com as secretárias municipais, especialmente a de Combate a Pobreza, para traçar planos futuros, a curto e médio prazo.
A Secretaria do Trabalho e Emprego também esteve presente, através do Sr. Diego, e propôs um caminho de formação para o cooperativismo entre grupos de Migrantes para a geração de renda.

Tempo Presente - Dia dos Direitos Humanos

Enviado em 09/12/2021 - 15:43
 
 
Pixabay-GDJ 
 

 

 
O Dia Internacional dos Direitos Humanos será comemorado amanhã às 15 horas na Câmara Municipal, com a realização de uma audiência pública sobre "a resistência contra os ataques a democracia", por meio da plataforma do zoom, TV CAM (Canal 12.3) e redes sociais.  Estão convidados representantes de entidades como o Movimento de População em Situação de Rua, a Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, o Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia, e a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen). A audiência é promovida pela Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, do Legislativo municipal, em parceria com o Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da Universidade Federal da Bahia (Namir/Ufba).
 
 
 
Matéria originalmente publicada no site ATARDE  (09/12/2021). Por Rafael Martins | Ag. A TARDE Clique aqui para ver o texto original!
 

Câmara realiza audiência “A resistência contra os ataques à democracia” no Dia Internacional dos Direitos Humanos

Enviado em 08/12/2021 - 12:40

 


 

 
 
 
Na próxima sexta-feira, 10 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Câmara Municipal de Salvador vai realizar uma audiência pública com o tema: “A resistência contra os ataques à democracia”.  O evento acontece pela plataforma do Zoom e terá transmissão ao vivo a partir das 15 horas pela TV CAM (Canal 12.3) e pelas redes sociais (www.facebook.com/tveradiocam). 
 
Promovida pela Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, do legislativo municipal, em parceria com o NAMIR/UFBA (Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da Universidade Federal da Bahia), a audiência pública vai reunir movimentos sociais para discutir os principais desafios a serem superados e o que tem sido feito, até então, para impedir os constantes retrocessos democráticos e descumprimentos dos princípios constitucionais relacionados à educação e aos direitos humanos no governo atual. 
 
Ainda, será realizada uma homenagem a profissionais da educação que viram seus direitos humanos e suas liberdades de cátedra ameaçadas nesse ano, em um esforço de valorização de uma educação com base em princípios democráticos.
 
Segundo a presidente do colegiado, a vereadora Marta Rodrigues (PT), o objetivo é promover uma escuta ativa e colocar na pauta os diversos  ataques contra a educação pública e cortes de políticas públicas voltadas para as populações vulneráveis, especialmente aquelas que combatem  as desigualdades sociais como: a pobreza, o racismo, a misoginia, a LGBTQIA+fobia, o racismo religioso, além da ausência de direitos dos povos indígenas, quilombolas, ciganos, imigrantes e refugiados. 
 
“São diversos os ataques, principalmente aos direitos de culturas e identidades, com redução ou corte de orçamentos de políticas que afetam diretamente a educação pública e por consequência a população pobre,  negra, de pessoas trans, de mulheres, de quilombolas e indígenas”, explica. 
 
A audiência pretende, ainda, propor meios de fortalecer uma aliança entre organizações da sociedade civil, movimentos sociais, ativistas e políticos, para dar ênfase ao combate também aos retrocessos na educação, às fake News, o discurso de ódio e de preconceito que abalam a democracia e contribuem para os retrocessos que ocorrem a base da caneta sem o conhecimento da maioria da população. 
 
"Recentemente o presidente Bolsonaro fez graves mudanças no ProUni, já sinalizando a retirada das políticas de recorte racial. Um absurdo que afetará gravemente nossa população", acrescentou. 
 
Foram convidados para a audiência o Movimento de População em Situação de rua, a representante da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, Lucia Soares, a representante do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia, Jessica Tupinambá, o coordenador-geral da Coordenaçãoi Nacional de Entidades Negras (Conen), Gilberto Leal, a defensora pública do Estado, Eva Rodrigues; a professora da UFBA e coordenadora do NAMIR, Mariangela Nascimento, além do professor Jucelho Dantas e o migrante Danilo Miguez.
 
Clique neste link ou no card abaixo e participe!
 
 
 
 
 

Atividades do Congresso UFBA 75 anos

Enviado em 07/12/2021 - 09:52

 


O Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão constitui-se como um espaço de reflexão ampliada e aprofundada sobre a Universidade, sobre suas heranças e perspectivas e seu papel social, favorecendo o estabelecimento de políticas mais bem definidas para as diversas dimensões da UFBA, enquanto instituição pública, gratuita, de qualidade e marcada por forte compromisso com a sociedade.

Em 2020, durante o período de suspensão das atividades por conta da pandemia do novo Coronavírus, a UFBA realizou pela primeira vez um Congresso Virtual, um espaço de interlocução entre os mais diversos saberes produzidos na universidade, dando visibilidade à sua produção ao mesmo tempo possibilitando um contexto de debate sobre cenários e desafios desse momento. Buscamos reverberar o movimento dos Congressos realizados anualmente desde 2016. Como não foi possível realizar a edição 2021 do Congresso, prevista para novembro, a UFBA propõe agora a realização do Congresso UFBA 75 anos, em dezembro de 2021.

 

Para ver a programação completa, clique neste link!

 

Seguem alguma sugestões de mesas/debates:

 

O papel da rede universitária de pesquisa sobre migração (Rupem) na construção de políticas públicas nos municípios da bahia

 08:30 - 10:00  - 08/12 - Sala A1

  • Maria Luiza Silva Santos, Mariangela Moreira Nascimento, Patrícia Carla Silva Do Vale Zucoloto, Luciana Fernandes Lopes, Sarah Roberta De Oliveira Carneiro, Pensilvânia Da Silva Neves 

 

 

A mesa propõe questionar as bases estreitas do colonialismo e da colonialidade a partir das visões e teorias epistemológicas entendidas a partir do Sul Global (re)conhecidas na "decolonialidade". Tal proposta se assenta em romper com os pensamentos e saberes hegemônicos que estruturam e ramificam processos de violência e racismo estrutural encontradas nas práticas de epistemicídio, memoricídio, genocídio e violação dos direitos humanos. A partir do pensamento crítico, pretende-se tensionar os conceitos que estão para além da academia de ensino, mas que permeiam a vida, permitindo que uma história única, colonizadora e apresentada como verdade paute a formação, imaginário do sujeito e a construção do conhecimento. Para tanto, objetiva-se discutir o pensamento decolonial como prática emancipatória de povos subalternizados e sociedades democráticas que vivem em Estado de Exceção.

 


 

O Pensamento decolonial como antídoto para as políticas de exceção

10:30-12:00 - 07/12 - Sala J2

 

  • Yasmim Maia Teles Silveira, Alessandro Vendramini Langerhorst, Ismael Pereira Da Silva, Francineide Marques Da Conceição Santos, Nadja De Lima Sacramento
 
 
A mesa propõe questionar as bases estreitas do colonialismo e da colonialidade a partir das visões e teorias epistemológicas entendidas a partir do Sul Global (re)conhecidas na "decolonialidade". Tal proposta se assenta em romper com os pensamentos e saberes hegemônicos que estruturam e ramificam processos de violência e racismo estrutural encontradas nas práticas de epistemicídio, memoricídio, genocídio e violação dos direitos humanos. A partir do pensamento crítico, pretende-se tensionar os conceitos que estão para além da academia de ensino, mas que permeiam a vida, permitindo que uma história única, colonizadora e apresentada como verdade paute a formação, imaginário do sujeito e a construção do conhecimento. Conceitos breves sobre colonialidade e decolonialidade em uma perspectiva indígena, feminismos decolonial e negro, gênero e decolonialidade e necropolítica aparecem ao debate para discussão das potencialidades de (re)existências teóricas e caminhos da práxis que estejam imbricadas na luta por emancipação de corpos, mentes e educação. Para tanto, objetiva-se discutir o pensamento decolonial como prática emancipatória de povos subalternizados e sociedades democráticas que vivem em Estado de Exceção.
 
 

 

 

Movimentos sociais, resistências e novos horizontes para 2022

10:30-12:00 - 07/12 - Sala C2

 

  •  Daniela Portugal, Geovane De Mori Peixoto, Tatiana Emilia Dias Gomes, Claudia Albagli

 

Movimentos Sociais, Resistências E Novos Horizontes Para 2022 Descrição: Quais estratégias de aliança e(m) resistência podem ser buscadas pelos movimentos sociais como via de defesa da democracia para as eleições de 2022? Esse questionamento que motivou a propositura da presente mesa aberta de diálogos. Como ensinou Hannah Arendt, "a política trata da convivência entre diferentes", organizando e conectando corpos em meio ao caos absoluto das diferenças. Vê-se no ideal democrático uma vontade afim entre diferentes movimentos sociais, fator que, especialmente do ponto de vista prático-político, é responsável por fundamentar a reunião atores sociais em nome de uma igualdade "relativa". Diante disso, cabe também avaliar quais seriam os desafios e riscos de tal reunião política para que a aliança democrática não represente, por outro lado, um silenciamento das diferenças existentes entre seus múltiplos e plurais corpos. Portanto, a mesa proposta tem por objetivo refletir criticamente sobre a importância de articulação política de movimentos sociais em defesa da democracia como forma de exercício coletivo de cidadania.

 


 

Diálogos entre gênero  e raça: experiências coletivas na produção do conhecimento

08:30-10:00 - 07/12 - Sala N1

 

  • Angela Figueiredo, Luciana Falcão Lessa, Katia Maria Barbosa, Dailza Araújo Lopes, Wellington Pereira Santos, Weder Bruno De Almeida

 

Considerando a emergência de outras formas de produção do conhecimento, bem como novos corpos no espaço acadêmico, os quais são oriundos dos processos de ações afirmativas, a perspectiva interdisciplinar é uma possibilidade de diálogo entre as várias áreas do saber. Dessa forma, as categorias de gênero e raça têm tido um lugar central nas pesquisas realizadas nas universidades, corroborando com a criação de coletivos negros acadêmicos, que questionam os currículos hegemônicos, e trazem para seus estudos as experiências individuais e coletivas, dando possibilidades para a emancipação d@s sujeit@s. Assim, a presente mesa tem como objetivo estabelecer conexões entre as epistemologias feministas negras e decoloniais.

UFBA e Acnur assinam termo de cooperação para promover acolhimento a refugiados

Enviado em 06/12/2021 - 10:10

Fotografia : edgardigita

 


A UFBA celebrou termo de cooperação técnica, científica e cultural com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em evento restrito realizado na quarta-feira, 1.º de dezembro, na Sala dos Conselhos da Reitoria. O vice-reitor Paulo Miguez representou a Universidade no encontro com o representante do Acnur no Brasil, José Andres Egas Loaiza, que esteve acompanhado de Giulianna Serricella, assistente sênior da entidade. Também participaram doeventoo diretor da Faculdade de Direito, Júlio Sá da Rocha, a diretora da Faculdade de Filosofia e Ciência Humanas, Maria Hilda Paraíso Baqueiro, a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da UFBA (Namir), Mariângela Nascimento, a assessora para Assunto Internacionais, Elizabeth Ramos, e Luciana Fernandes Lopes, também membro do Namir e da Rede Universitária de Pesquisas e Estudos Migratórios (Rupem).

José Loaiza enfatizou o drama de milhões de pessoas em todo o mundo que estão afastadas de suas casas e necessitam de assistência humanitária. Segundo relatório do Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, pelo menos 82,4 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas até o final de 2020, como resultado de perseguição, conflito, violência, violação de direitos humanos ou eventos que perturbam seriamente a ordem pública. Deste contingente, cerca de 26,4 milhões de indivíduos estão na condição de refugiados. No Brasil, ao final de 2020, havia 57.099 pessoas refugiadas reconhecidas, conforme aponta a 6ª edição do relatório “Refúgio em Números” do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE).
 
Foto: EdgarDigital. O representante do ACNUR apontou a importância da academia no processo de reinserção dos refugiados, e lembrou que já são 31 as instituições de ensino que fazem parte da Cátedra Cátedra Sérgio Vieira de Mello, entre as quais a UFBA – que passou a fazer parte com a assinatura do termo de cooperação.
 
O vice-reitor Paulo Miguez reforçou o compromisso da UFBA com os direitos humanos e o acolhimento aos refugiados. Miguez informou que 18 refugiados, de diferentes países, estão estudando na UFBA atualmente. Ele também comentou recentes conquistas como a aprovação de cotas para refugiados nos diversos cursos da universidade  e a dispensa de alguns documentos para reconhecimento de diplomas que, conforme destacou, são impossíveis de serem coletados por aqueles que estão na condição de refugiados. A Universidade Federal da Bahia, por meio do Conselho Acadêmico de Ensino (CAE), criou uma comissão específica para redação da novo do regimento para facilitação da validação de títulos de graduação e pós-graduação para refugiados e solicitantes de refúgio. (veja também: UFBA para todos: refugiados e pessoas trans também são incluídos em cotas).
 
O termo de cooperação “visa estabelecer o intercâmbio de dados e informações, com o objetivo de promover e difundir o Direito Internacional Humanitário, o Direito Internacional dos Direitos Humanos, e, em especial, o Direito Internacional dos Refugiados que se encontrem sob a proteção internacional do Governo do Brasil, bem como de desenvolver atividades que objetivem a incorporação da temática do refúgio na agenda acadêmica da instituição, através da criação da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, com vistas ao desenvolvimento de projetos e atividades voltadas para o treinamento de recursos humanos, desenvolvimento de difusão de tecnologia, editoração e publicação, planejamento e desenvolvimento institucional abrangendo as áreas de ensino, pesquisa e extensão no âmbito das funções institucionais da Universidade Federal da Bahia”, conforme destaca o documento.
 
 
Foto: EdgarDigital. O representante do ACNUR apontou a importância da academia no processo de reinserção dos refugiados, e lembrou que já são 31 as instituições de ensino que fazem parte da Cátedra Cátedra Sérgio Vieira de Mello, entre as quais a UFBA – que passou a fazer parte com a assinatura do termo de cooperação.

 

 

A coordenação da Cátedra na Universidade estará sob responsabilidade do professor Júlio César Sá da Rocha e da professora Maria Hilda Paraíso Baqueiro. De acordo com o documento, integram a cátedra as seguintes unidades de ensino e cursos: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Psicologia, Bacharelado de Gênero e Diversidade, Serviço Social, História), Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Instituto de Matemática e Estatística, Instituto de Letras, Instituto de Saúde Coletiva, Faculdade de Economia e a Faculdade de Administração. Todos os cursos e unidades envolvidas estão distribuídas nas comissões temática do Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (Namir-UFBA): Comissão de Direitos Humanos,  Comissão de Educação, Comissão de Saúde e Comissão de Trabalho.
 
Através do acordo, a UFBA assume o compromisso de desenvolver ações nas linhas de ensino, pesquisa, extensão, ingresso facilitado e advocacy; fornecer suporte e apoio jurídico aos refugiados orientados pelos órgãos competentes; entre outros. Para viabilizar os objetivos previstos no acordo, o ACNUR mantém o compromisso de incentivar a produção acadêmica sobre refúgio; apoiar tecnicamente em temáticas de expertise e mandato do ACNUR; subsidiar material de capacitação, quando possível, sobre Direito Internacional dos Refugiados; contribuir na divulgação de atividades organizadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) parceiras sobre a temática do refúgio; organizar e promover reunião anual de coordenação entre as diversas IES vinculadas à Cátedra; entre outros.
 
O plano de trabalho acordado prevê uma série de ações a serem implementadas. No âmbito de ensino, estão planejadas iniciativas como disciplinas que serão ministradas no Mestrado profissional em Direitos Humanos e Contemporaneidade, da Faculdade de Direito, que abordam a temática sobre a realidade dos migrantes e refugiados. Já a Ação Curricular em Comunidade e Sociedade (ACCS) “Populações tradicionais, Imigrantes, Refugiados, religiosidade, direitos humanos e políticas públicas”, uma iniciativa do curso de Serviço Social, do Instituto de Psicologia, propõe “visibilizar o protagonismo das populações tradicionais, dos imigrantes e refugiados na luta pela efetivação dos direitos humanos a partir das políticas públicas”.
O termo de cooperação técnica, científica e cultural tem prazo de validade de 48 (quarenta e oito) meses a partir da data de assinatura, e poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos.
 
 

Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados da UFBA (NAMIR)

 

No ano de 2020, foi criado na UFBA o Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (NAMIR), um programa permanente de extensão com o propósito de promover a integração social da população imigrante e refugiada na Bahia através da articulação de rede institucional que atua na defesa dos direitos humanos e oferece atendimento nas áreas de educação, saúde e trabalho, visando promover as condições de vida digna aos imigrantes e refugiados e as condições efetivas de (re)inserção social e econômica. É um projeto de caráter interdepartamental e interdisciplinar, que congrega vários cursos e unidades de ensino.
O Núcleo vem desenvolvendo uma série de ações, a exemplo do curso de Capacitação On Line em Direitos Humanos e Migração, realizado entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, a Semana do Refugiado: acolhimento e integração, realizada em julho deste ano, além de muitos webnários, oficinas, projetos e disciplinas de graduação e pós-graduação.
 
Em parceria com o Centro de Atendimento ao Migrante, o Núcleo lançou, em setembro deste ano, a cartilha “Os caminhos dos(as) migrantes e refugiados(as) na Bahia”, que amplia conhecimentos sobre a realidade migratória e a nova legislação brasileira de migração, além da apresentar uma relação dos principais órgãos públicos e organizações sociais de atendimento a migrantes e refugiados(as) no estado e um catálogo de endereços das principais organizações sociais e instituições privadas e também dos órgãos públicos para facilitar o acesso às garantias previstas na Nova Lei de Migração nº 13.445/2017.
 
 
 
 
“O estado da Bahia concentra a maior parte dos migrantes internacionais que chegam ao Nordeste brasileiro. O Nordeste é a região com a terceira maior concentração de fluxo migratório do país e tem atraído, principalmente, migrantes e refugiados(as) vindos(as) de países da América do Sul e da África. Esse fluxo crescente de migrantes e refugiados/as para a Bahia tem se deparado com a falta de conhecimento e informação, tanto da parte do poder público estadual e municipal, como da própria sociedade. Muitas dificuldades decorrem da falta deinformaçãopara atender às necessidades urgentes da população migrante. Não basta termos uma legislação garantindo os direitos aos(às) migrantes e refugiados/as, é preciso conhecer a realidade migratória e criar meios institucionais para oferecer a boa acolhida, confirmando os direitos contemplados na nova Lei de Migração”, destaca a cartilha em sua apresentação.
 
O Programa coordenado pela UFBA também organizou a Rede Universitária de Pesquisas e Estudos Migratórios (Rupem), que reúne universidades públicas, federais e estaduais da Bahia, localizadas em regiões e municípios onde chegam os/as imigrantes e refugiados/as. A articulação tem o objetivo de organizar e oferecer serviços de políticas sociais, e dialogar com os poderes públicos em busca de formas de aumentar a efetividade das ações.
 

Foto: EdgarDigital.  Segundo relatório Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, pelo menos 82,4 milhões de pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas até o final de 2020. Deste contingente, cerca de 26,4 milhões de indivíduos estão na condição de refugiados

 

Matéria originalmente publicada no site EdgarDigitalUFBA (03/12/2021). Por Murillo Guerra . Clique aqui para ver o texto original!

III Congresso de Extensão (CONEX) de 06/12/2021 a 08/12/2021

Enviado em 06/12/2021 - 09:43
 
 

 

 
O III Congresso de Extensão da UFSB, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEX). O objetivo do evento, que vai ocorrer nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, em formato on-line, é divulgar ações e resultados das atividades extensionistas realizadas na UFSB em 2021, favorecendo a troca de experiências e a promoção de debates sobre o impacto da extensão no contexto universitário e nas comunidades dos territórios de abrangência da UFSB.
 
Após quase dois anos de pandemia de Covid-19, as instituições de ensino superior e entidades parceiras continuam buscando soluções criativas no ensino, na pesquisa e na extensão para superar os desafios impostos pelo atual cenário social. Na área de extensão, o Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras (Forproex) se manteve ativo, acompanhando e divulgando sistematicamente as ações implementadas ao longo deste período. Afinal, a suspensão de atividades em campo não significou a quebra de vínculo entre as universidades e as comunidades, como mostram os inúmeros encontros de extensão por todo o país que ocorreram por meio de plataformas virtuais.
 
Mesmo diante das dificuldades impostas pelo isolamento social, a extensão se consolidou como ferramenta estratégica para manter e ampliar o diálogo entre comunidades internas e externas, permitindo à universidade buscar o equilíbrio entre a vocação técnico-científica, o olhar humanizador e o compromisso social. Com o objetivo de reunir estudantes, técnicos/as administrativos/as, docentes da UFSB e de outras instituições, e comunidade externa, o III CONEX se consolida como o momento mais importante para mostrar e discutir os resultados das atividades de extensão em nossos territórios. Participe! O período de submissão de trabalhos para acomunidadeda UFSB é de 24 de setembro a 10 de outubro. Inscrições para ouvintes internos e externos de 24 de setembro a 5 de dezembro.
 
 
 
Mesa: Direitos Humanos, Extensão e (I)Migração
 
  •   Profa. Dra. Mariangela Nascimento, Cientista política
  FFCH/UFBA, Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do NAMIR/UFBARUPEM
  Profa.Dra. Giuliana Redin - Líder do Grupo de
  Pesquisa, Ensino e Extensão Direitos Humanos e Mobilidade Humana
  Internacional MIGRAIDH/UFSM)
 
  • Profa. Zenaida Luisa Lauda-Rodriguez - RESAMA - Rede Sul Americana para as Migrações
  Ambientais e a rede WATERLAT GOBACIT. Grupo de Estudos em Direito Comparado -
  GEDC e ProMigra (Projeto de Promoção dos Direitos de Migrantes), Faculdade de
  Direito da USP.
 
  •   Mediação:  Profa. Christianne Benatti Rochebois (CFCHS/UFSB), doutora em Didática de Línguas e
  Culturas e líder do GP "Histórias de vida e dinâmicas
  interdisciplinares"
 
 
 
Para conferir a programação completa, clique neste link!
 

Entre o Atlântico e a Casa Grande Existiu Palmares: Por uma Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica

Enviado em 03/12/2021 - 12:14

 

Apresentação dos projetos das unidades da UFBA com recorte Étnico-Racial

 


 

O evento Entre o Atlântico e a Casa Grande Existiu Palmares: Por uma Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica tem o propósito de reafirmar que a Universidade é Para Todos/as/es, garantindo que as transformações ocorridas que levaram a população negra e demais oprimidos/as ao espaço da universidade têm origem nas lutas negras. Revela também que sujeitos reificados trazem consigo a resistência e as condições humanas para a emancipação, a exemplo dos diversos quilombos e aqui destacamos o Quilombo de Palmares. Assim, acreditamos que as agências de ensino devem instaurar uma nova relação com a população que a frequenta, estabelecendo seus planos de ações e projetos pedagógicos a partir da escuta dos movimentos sociais.  São negros/as, ciganos/as, indígenas, quilombolas, o Povo de Santo (religiões de matriz africana), capoeiristas, ribeirinhos/as, empregadas domésticas, movimento hip-hop e periféricas, lutando pelo acesso e permanência sem perversidade, isto é, sem humilhações e sem epistemicídios.

Essa população que é tão rica e diversa na produção de cultura e conhecimentos, deixa igualmente claro que é preciso muito mais do que leituras e livros. Eles e elas precisam de parcerias e fomento para construir um conhecimento transformador e fortalecer a luta contra os poderes antidemocráticos.  Neste sentido, a UFBA com seus atores e atrizes (professores, técnicos e discentes) das diversas unidades que voltaram seus olhares as para realidades diversas e realizam um trabalho com essa população se predispõem a refletir e desenhar estratégias de ações que possam garantir de forma efetiva e permanente um canal direto dos povos tradicionais com a universidade e o mundo. 

Também nos inspiramos nos ENCONTROS DOS SABERES, o que nos faz ter certeza de que as universidades precisam fazer muito mais, já que muitas universidades ainda não implementaram as Leis 10.639-03, 11.645-08, bem como ainda não possuem um Programa de Combate ao Racismo Institucional. Logo, urge, parafraseando Che Guevara, pintar a universidade de POVO, no sentido de transformar e emancipar... Esse movimento certamente tem um longo percurso, e a universidade não pode cruzar os braços diante de tamanha manifestação social. Que Palmares viva, que a riqueza dos povos primeiros e dos povos tradicionais impulsionem a Pintura da UFBA rumo a Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica

 
 
 
 Projetos desenvolvidos pela Faculdade de Filosofia Ciências Humanas 
 
• Profª  Drª  Marina Guimarães - Coordenadora da ACCS Conexões Afropindorâmicas;
• Profª Drª Mariangela Nascimento - Coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do NAMIR.
 
 Projetos Desenvolvidos de APUB – Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior da Bahia 
 
• Prof. Dr. Emanuel Lins Freire Vasconcellos.  Professor da Faculdade de Direito da UFBA e da UNEB. Presidente da APUB-Sindicato e Diretor Jurídico do PROIFES-Federação.
 
Projetos da Escola de Teatro 
 
• Coordenação Professora Alexandra Dumas
 
 
 
 
 

Programação


Sexta-Feira dia 03/12/2021

Acolhimento - 8h30 

  • Culto Ecumênico ou Apresentação Artística - das 8:45 às  9:45

Mesa Oficial - 9h45 às  12h

 

 

Mesa De Debate

  • A UFBA Para Além dos Encontros de Saberes: Pela Construção de uma Cátedra Pluriepistêmica - 13h30 às  15h30

Prof. Dr.  José Jorge de Carvalho

 

Mesa Redonda

  • As Lei 10.639-03, 11.645-08 e 12.278-10  - O Racismo Institucional - das 15:30h às 17:00h
  • Apresentação Dos Projetos das Unidades Da Ufba Com Recorte Étnico-Racial

 


Sábado dia 04/12/2021 - das 9h às 10h 30 

  • Apresentação dos Projetos das Unidades da UFBA com Recorte Étnico-Racial - das 10h30 às  12h
  • A Construção de uma Cátedra:  A Universidade Pluriepistêmica - das 13h30 às  17h

A senzala já transformou a casa grande:  integrantes do Programa Universidade Multicultural, Multiétnica-Racial e Pluriepistêmica

 

Bloco I

  • Os Pobres, Negros/as e Indígenas na Universidade:  Pré-Permanência, Permanência e a  Pós-Permanência

Bloco II

  • O Que os  Povos Tradicionais Querem da UFBA?
 

Data do Evento

 

Dia: 03-04/12/2021, das 13h 30 às 15h 30

Canais de Transmissão do evento: 

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Encontro do Namir/UFBA com a Pastoral do Migrante, Centro Comunitário Monsenhor José Hamilton e o grupo Monte Tabor

Enviado em 03/12/2021 - 10:22

 


 

Encontro do Namir/UFBA com a Pastoral do Migrante, Centro Comunitário Monsenhor José Hamilton e o grupo Monte Tabor no dia 29 de novembro. Foram discutidas algumas ações para o ano de 2022 e as articulações institucionais.