Notícias

XVIII Congresso Internacional Abralic "Literatura Comparada e a Invenção de um mundo comum"

Enviado em 09/07/2023 - 16:30

O NAMIR é um dos apoiadores do XVIII Congresso Internacional de "Literatura Comparada e a Invenção de um mundo comum". Vão estar presentes migrantes vendendo os pratos típicos de seus países (Venezuela, Peru, Síria, Chile).

A Associação Brasileira de Literatura Comparada – ABRALIC é uma associação civil de caráter cultural, sem fins lucrativos, que congrega professores universitários, pesquisadores e estudiosos de Literatura Comparada em âmbito nacional.

Os objetivos fundamentais de nossa entidade são os de fomentar os estudos comparatistas nos cursos de graduação e pós-graduação em Letras por meio da promoção de seminários, simpósios e cursos destinados ao público acadêmico.

Desde sua fundação, a ABRALIC mantém publicações especializadas em Literatura Comparada e realiza a divulgação de obras científicas e literárias dessa área de interesse, assim como estimula o intercâmbio cultural com outras entidades congêneres nacionais e de âmbito internacional.

 

Programação e outras informações sobre o XVIII Congresso Abralic em abralic.org,br/congresso.

Turma do curso de Terapia Ocupacional da UFBA visita o Balcão Solidário

Enviado em 08/07/2023 - 00:23

Turma do curso de Terapia Ocupacional visita o Balcão Solidário e organiza oficinas com a população migrante.

(Portal A Tarde) Ufba debate migração

Enviado em 08/07/2023 - 00:15

“Capitalismo, transnacionalidade e migração” é o tema do debate organizado pela Universidade Federal da Bahia, hoje às 18 horas, em ambiente digital. Entre as pesquisadoras confirmadas, está a diretora do Instituto Diáspora Brasil/Estados Unidos, professora doutora em Política Social da Universidade de Brasília (UnB). Também estarão entre os debatedores o coordenador estatístico do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), Tadeu Oliveira e a professora doutora Mariangela Nascimento. Para se inscrever basta acessar o link https://conferenciaweb.rnp.br/ufba/namir-ufba/

 

Matéria originalmente publicada no portal atarde.com.br (07/07/2023). Por Tempo Presente, A Tarde. Para ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

NAMIR participa de curso de qualificação para agentes de saúde

Enviado em 08/07/2023 - 00:10

Teve início no dia 05/07 o “Acolhimento de migrantes e refugiados na Atenção Primária à Saúde”. A proposta de curso refere a articulação do Instituto de Saúde Coletiva com o Núcleo de Apoio a Migrantes e Refugiados (NAMIR), programa de extensão permanente registrado na Pró- reitoria de Extensão da UFBA. O curso foi proposto com o intuito de abordar a temática da migração para os profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS) a temática da migração e refugio e suas implicações na atenção à saúde no município de Salvador. O Namir reforça a necessidade de intervenção social intensiva no processo migratório com  acolhimento digno no âmbito educação, saúde, direitos humanos, entre outras áreas, tendo a Universidade como indutora e difusora dos direitos humanos e de políticas públicas. O curso se organiza a partir da articulação com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, coadunado com o objetivo do Namir de  articulação institucional com órgãos públicos e privados no sentido de criar uma rede de assistência humanitária e acesso aos bens públicos. Como resultado do curso de aperfeiçoamento, propõe-se a elaboração de fluxograma para o acolhimento do migrante na Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Defesa de Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Kaynara Leeb do Bacharelado de Gênero e Diversidade/UFBA

Enviado em 08/07/2023 - 00:05

“A solidariedade e a colaboração entre os países e atores regionais são fundamentais para lidar com a crise humanitária, compartilhar responsabilidades, promover a inclusão dos migrantes e refugiados e garantir o respeito aos direitos humanos. Além disso, o engajamento regional também pode contribuir para abordar e denunciar as causas subjacentes da migração, como a situação política e econômica na Venezuela.

Nesse sentido, é necessário fortalecer os mecanismos de diálogo e cooperação regional, bem como promover políticas e ações que abordem as necessidades da população migrante da Venezuela de maneira abrangente e sustentável. Somente por meio de um engajamento regional e institucional efetivo e coordenado, é possível superar a atual crise humanitária e buscar soluções duradouras para a migração proveniente da Venezuela.[...]”
“Ao promover a intersetorialidade temática, o NAMIR busca engajar diferentes áreas de conhecimento e profissionais para enfrentar os desafios da migração de forma abrangente e efetiva. Isso inclui o diálogo e a colaboração com órgãos governamentais, organizações da sociedade civil, instituições de ensino e pesquisa, e outros atores relevantes nessa temática.”
Obs: enviaremos o link na véspera da defesa.

Kayanara Leeb é nascida na Áustria, veio morar no Brasil quando criança. Desde jovem tem se interessado pelos estudos de migração e questões relacionadas ao acolhimento de migrantes.
Como estudante, se dedica a  estudar os diversos aspectos da migração, incluindo os motivos que levam as pessoas a migrar, os desafios que elas enfrentam durante o processo de migração e a adaptação em um novo país. No estágio obrigatório no NAMIR, estudou e investigou as políticas públicas relacionadas à migração, programas de integração e ações de integração social.

(TCC) Documentário "Muros de Vidro, Espelho de Nós"

Enviado em 06/07/2023 - 18:02

Vídeo documentário sobre pessoas refugiadas venezuelanas em Salvador e Região Metropolitana.

BANCA: Prof. Dr. Sérgio Sobreira (orientador); Profa. Dra. Mariangela Nascimento; Prof. Dr. Leonardo Figueiredo Costa.

RESUMO DO TCC: DISCENTE MARIA GABRIELA DA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO DA UFBA
O presente memorial abordará toda a construção necessária para a concretização do documentário intitulado "Muros de vidro, espelhos de nós". Esta obra busca contar a história e vida de seis pessoas, vindas da Venezuela e que, atualmente residem em Salvador ou na Região Metropolitana. Motivado por questões da crise que assola o país, este produto audiovisual busca explicitar o processo imigratório, suas mazelas e a esperança por uma oportunidade em uma nova terra. Tendo como base a cobertura jornalística de teor humanitário, o documentário aborda pontos importantes, a exemplo do sentimento de pertencimento em um novo local, como também, a ineficácia das políticas públicas voltadas para a questão imigratória no Brasil, com recorte para o processo de interiorização e a chegada dessas pessoas na Bahia, mais precisamente na capital baiana e região metropolitana.

Dia Internacional da Cultura Belarussa (III Semana Internacional de Cultura Belarussa)

Enviado em 06/07/2023 - 17:55

O dia internacional da cultura belarussa 2023 integra a III Semana Internacional de Cultura Belarussa, uma campanha realizada pela diáspora belarussa para conscientizar a comunidade internacional sobre Belarus, país europeu frequentemente noticiado pela mídia dentro de tópicos relacionados ao autoritarismo, conflitos regionais pós-soviéticos e baixos indicadores socioeconômicos.

O evento ora proposto busca informar a comunidade UFBA e público externo acerca dessas e outras questões, além de quebrar paradigmas e mostrar que Belarus não é apenas isso, como também apresenta inúmeras similitudes com o Brasil e, em especial, a Bahia. Exemplo disso, a ser apresentado durante o evento, é a festa da Kupalle, que compartilha práticas e signos com o São João. Adicionalmente, a proposta contempla ainda uma breve lição de língua e música belarussa.

(BBC Brasil) Naufrágio na Grécia foi tratado 'como sendo desprovido de protagonistas e heróis', diz professora

Enviado em 25/06/2023 - 20:24

Guarda Costeira da Grécia | Barco com cerca de 700 imigrantes antes de naufragar, no dia 14; há críticas de que cobertura e interesse foram inferiores à tragédia com Titan


Em 14 de junho, começou a se desenrolar um dos naufrágios mais mortais da história recente do Mediterrâneo: um barco superlotado com estimados 700 migrantes - a maioria do Paquistão, Síria e Egito, e incluindo estimadas 100 crianças - afundou perto da costa grega, sem que houvesse interferência da Guarda Costeira do país, agora acusada de negligência.

Centenas de pessoas seguem desaparecidas, enquanto a ONU pede investigação do caso.

Quatro dias depois, em 18 de junho, o submersível Titan, que levava cinco tripulantes para uma missão exploratória turística aos destroços do Titanic, perdeu contato com sua base, desencadeando operações da Marinha americana e das guardas costeiras dos EUA e Canadá.

Foram cerca de dez embarcações empregadas nas buscas, acompanhadas passo a passo no noticiário por milhões de pessoas ao redor do mundo - até o anúncio de que o Titan provavelmente implodiu, tirando a vida dos seus tripulantes.

Agora, a diferença na cobertura midiática e o interesse global mobilizados pelas duas tragédias marítimas têm sido alvo de discussões, tanto entre especialistas quanto nas redes sociais - com críticas à atuação da imprensa e ao destaque desigual dado Titan em comparação ao drama dos imigrantes que se arriscam no mar.

Priyamvada Gopal, professora de estudos pós-coloniais da Faculdade de Inglês da Universidade de Cambridge, é uma dessas críticas, argumentando que certas vidas individuais têm ganhado destaque enquanto outras são “relegadas às margens da história humana”.

“Acho que a imprensa certamente tem de dar um passo atrás e se questionar a respeito de quais histórias deseja contar e o que trata como sendo ou não de interesse”, diz.

 

‘Anônimos sem rosto’ x ‘protagonistas heróicos’

PA Media | Flores no porto de Newfoundland, de onde havia partido o Titan; história dos tripulantes do submersível foi amplamente contada

Sob sua perspectiva de estudiosa de crítica literária, Gopal acha que alguns elementos-chave contribuíram para consolidar o que chama de “anonimato sem rosto” dos refugiados no Mediterrâneo, contra o “protagonismo” concedido aos cinco tripulantes do Titan.

“Pensando a respeito de quais histórias nos interessam e por quê, e nas histórias que nos são entregues pela mídia, acho que a grande diferença entre os dois casos é que um deles (o dos migrantes) foi tratado essencialmente como sendo desprovido de um protagonista, desprovido de heróis”, diz Gopal à BBC News Brasil.

“Então só temos uma espécie de número vago - centenas, talvez 600 ou 800 - de pessoas que estavam a bordo desse navio que afundou e elas morreram. E vimos muito pouco interesse em quem essas pessoas eram como indivíduos. Vimos pouco interesse ou evocação de suas famílias a respeito do seu luto e do que aconteceu.”

Em contrapartida, argumenta ela, “nas notícias a respeito do Titan, houve um grande interesse a respeito de quem seus passageiros - agora lamentavelmente mortos - eram como indivíduos, como pessoas com um rosto, um nome, uma história, com interesses e paixões. Em apenas 24 horas, fomos alimentados com muitas informações sobre eles.”

Ela conclui:

“Os que morreram no Mediterrâneo na semana passada também são indivíduos, com interesses e histórias de vida provavelmente muito interessantes, que simplesmente não ficaram disponíveis para nós. Como crítica literária, me interesso a respeito de como nossas histórias são construídas e quem decidimos tratar como indivíduos e quem simplesmente se torna parte de uma massa anônima”.

 

Suspense e 'reality show'

Mas será que a diferença de atenção às duas tragédias não se deve ao elemento do suspense da história do submersível Titan?

O mesmo, aliás, aconteceu com duas enormes operações de busca que se desenrolaram praticamente em tempo real: o desastre dos mineiros chilenos, em 2010, e a história dos meninos presos em uma caverna na Tailândia, em 2018.

Lembrando que, agora, se tratava de uma expedição ao naufrágio mais famoso da história, o do Titanic - e que o público pôde acompanhar em detalhes a corrida contra o tempo para tentar resgatar a tripulação do Titan antes que seu estoque de oxigênio chegasse ao fim.

“Obviamente que esse é, sim, o caso - eu também me vi clicando em ‘refresh’ (nas notícias do caso) para saber o que estava acontecendo. Nós estamos muito acostumados a reality shows e a testemunhar coisas em tempo real. Então há esse elemento de suspense, esse ‘o que será que vai acontecer?’ no estilo Hollywood. Mas isso também é fabricado”, defende Gopal.

Ela argumenta que o navio naufragado no Mediterrâneo também havia passado várias horas no mar sob escrutínio das autoridades, assim como acontece com outros barcos semelhantes levando migrantes - mas, na sua visão, “são histórias das quais não escutamos” as individualidades.

“O que teria acontecido se a cobertura aérea do navio no Mediterrâneo tivesse sido feita ao vivo? Não sabemos exatamente qual foi a conversa entre os passageiros e a Guarda Costeira (grega), que afirmou que o barco não queria ser ajudado e que rumava para a Itália. O que teria acontecido se tudo isso - o suspense e a fascinação - tivesse sido mobilizado para as 700 pessoas naquele navio? (...) Também é interessante (a diferença) entre quando nos decidimos tornar testemunhas e quando decidimos virar nossas costas.”

No caso da tragédia com o barco de refugiados, uma investigação do BBC Verify colocou em xeque o relato oficial da Guarda Costeira grega, que alegou que o barco recusou ajuda e não estava em perigo até pouco antes de afundar.

Uma análise da BBC sobre a movimentação de barcos na área da tragédia indica que o pesqueiro superlotado ficou ao menos sete horas sem se mover antes de ter afundado.

A Guarda Costeira, porém, sustenta que durante esse período o barco estava a caminho da Itália e sem precisar de resgate.

 

'Vida das pessoas ricas'

EPA | Protesto diante de embaixada grega em Istambul, contra tragédia na costa

A BBC Urdu, serviço paquistanês da BBC, tem feito uma cobertura extensa do ocorrido, uma vez que a maioria das vítimas era do Paquistão. O país declarou luto nacional pela tragédia.

Para Farah Zia, diretora da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, é natural que a notícia do submersível tenha recebido tanta atenção global, se tratando de um grupo de tripulantes financeiramente influente - entre eles havia bilionários e exploradores marítimos.

“Ao redor do mundo, quando uma tragédia acontece com pessoas ricas, isso ganha muita importância, porque as pessoas se interessam pelas vidas delas e é natural que a imprensa cubra isso”, disse ela à BBC Urdu, agregando que a tragédia deveria servir de oportunidade para "vozes mais diversas" serem incluídas nas coberturas.

Ao mesmo tempo, o comentarista paquistanês Zarrar Khuhro destacou as manifestações de rua registradas em Atenas depois da tragédia, em protesto contra a atuação da Guarda Costeira. Outras cidades também registraram protestos diante de embaixadas gregas.

“Talvez pela primeira vez, vemos uma demonstração grande puramente para condenar a perda de vidas de migrantes”, disse Khuhro ao serviço Urdu. “Depois de uma tragédia, simultaneamente vemos o melhor e o pior que a humanidade tem a oferecer.”

A comissária de Direitos Humanos do Conselho Europeu - principal órgão de direitos humanos do continente -, Dunja Mijatovic, por sua vez, se disse “chocada pelo nível alarmante de tolerância a graves violações de direitos humanos contra refugiados e migrantes pela Europa”.

O naufrágio do Mediterrâneo, ela agregou, “é mais um lembrete de que, apesar de muitas advertências, as vidas das pessoas no mar continuam sob risco diante da capacidade insuficiente de resgate e coordenação, da falta de rotas seguras e legais, de solidariedade e da criminalização de ONGs que tentam oferecer assistência”.

'Noções pré-concebidas'

EPA | Maioria das vítimas da tragédia na costa grega ficaram no anonimato, diz acadêmica; acima, paquistanês Waheed mostra a foto do irmão Mohammad Imran, que está entre os desaparecidos do barco que naufragou perto da costa grega

Nessa linha, Gopal, de Cambridge, acha que as histórias dos imigrantes que tentam a sorte no Mediterrâneo são encaixadas em narrativas pré-concebidas, que também limitam o interesse por histórias individuais.

“Achamos que já conhecemos seus relatos: ‘bem, são pessoas desesperadas ou imigrantes econômicos gananciosos’, que é uma das histórias que os governos nos dizem, pelo menos aqui no Reino Unido”, diz.

“Então achamos que não há nada de interessante nisso e os encaixamos em embalagens de histórias já conhecidas, em vez de histórias únicas. Mas cada um daqueles 700 passageiros tinha uma história e um contexto próprio. (...) E, mais uma vez, voltamos à questão de o que decidimos tornar parte de uma história sem rosto ou de uma história que mereça ser contada. Me pergunto, se tivéssemos uma cobertura parecida à do Titan, se haveria uma mudança no discurso público relacionado a imigrantes - e que talvez não haja um investimento em mudar o discurso público relacionado aos migrantes.”

Um exemplo que fugiu dessa norma, destaca Gopal, foi o caso do menino sírio Alan Kurdi, de 2 anos, encontrado sem vida em uma praia turca em 2015, depois de sua família tentar escapar da guerra na Síria.

“Esse caso se destaca justamente porque foi a exceção - quanto se trata de migrantes, ele é literalmente o único que tem nome. É a exceção que prova a regra. Acho que se deve à forte imagem de como ele foi encontrado e à crença de que crianças não deveriam morrer assim. Porém, para a maioria dos imigrantes mortos no mar, tratamos isso como normal, cotidiano, e não merecedor da nossa atenção.”

 

Matéria originalmente publicada no portal bbc.com (23/06/2023). Por Paula Adamo Idoeta, da BBC News Brasil em Londres. Para ter acesso ao texto original, clique neste link!

 

NAMIR participa de audiência pública na Câmara Municipal de Salvador

Enviado em 25/06/2023 - 19:46

Audiência Pública na Câmara Municipal de Salvador, no dia 20 de junho, dia do Refugiado, convoca os movimentos sociais para participarem da construção do Plano Estadual de Políticas Migratórias. No dia 4 e 5 de agosto, será realizado a Conferência Estadual de Políticas Migratórias, com a presença de representantes do governo federal, estadual, municipal, Universidades e Organizações da Sociedade Civil. Nesse encontro serão discutidos as propostas para a elaboração de políticas migratórias da Bahia e a organização do Comitê responsável pelo acompanhamento e implementação deste Plano em conjunto com as Secretarias de Estado.

(Portal A Tarde) Editorial - O imperativo da migração

Enviado em 22/06/2023 - 11:12

Segue-se, por força, enlutarem-se todas e todos comprometidos com valores humanitários hoje, dia dedicado ao migrante - Foto: Nações Unidades / Instagram


As mais de 300 mortes de paquistaneses na costa da Grécia são um dos efeitos da dificuldade geral do acolhimento a pessoas de outras nacionalidades, mas necessitadas de apoio.

Segue-se, por força, enlutarem-se todas e todos comprometidos com valores humanitários hoje, dia dedicado ao migrante, em iniciativa das Nações Unidas, como forma de chamar a atenção para o problema em crescente agravamento.

Repelir quem tenta entrar nas fronteiras tem sido a decisão de Espanha e Estados Unidos, merecendo repúdio por conta da confirmação de óbitos e maus tratos.

A compaixão deveria ser prevalecente, devido às circunstâncias de naufrágios de botes superlotados, bem como fugas por áreas insalubres, provocando desidratação rápida ou exposição a animais ferozes.

Como ocorre frequentemente no convívio humano, a informação segura é uma tática necessária para ganhar confiabilidade dos líderes e ampliar as chances de amparo a quem precisa escapar de guerras, fome e ditaduras.

A comunicação, como a praticada pelo Núcleo de Apoio aos Migrantes e Refugiados (Namir) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), é parte da estratégia de inclusão, dada a importância de noticiar para educar as pessoas.

O Namir dispõe de um método de trabalho bem representado no Balcão Solidário, atendendo viajantes em condições adversas, sem documento, enfrentando doenças e sem saber português.

O dispositivo é um dos bons resultados de uma agenda preenchida por encontros constantes entre órgãos da sociedade civil, visando debater o tema, e buscar soluções, como ocorre hoje, às 9 horas, na Câmara Municipal.

O alcance social e humanitário do gesto de aceitar a migração tem fortalecido manifestações culturais soteropolitanas, com contribuições na música, na culinária, no vestuário, entre outros setores impactados pelas influências diversas.

Venezuela, Síria, Haiti, Nigéria, Afeganistão e Cuba são alguns dos países de onde chegam os novos moradores no momento de construção da política pública pelos órgãos ligados ao Namir.

 

Matéria originalmente publicada no portal atarde.com.br (20/06/2023). Por Redação, A Tarde. Para ter acesso ao texto original, clique neste link!